08/11/77 • COLÔNIAS
Década de 70 > 1977
Salve Deus! Meu filho Jaguar:
Como existem muitas formas diferentes de vida no corpo humano e cada forma separada e colonizada, existem muitas colônias. À proporção que o Homem se torna mais inteligente, estas formas de vida se tornam cada vez mais sintéticas e simétricas. Existem muitas formas de vida na forma mais alta animal.
Colonizado o Homem atual, este Homem, sabemos que vive no Segundo Ciclo.
De acordo com seu ciclo, desenvolve as formas coloniais de vivência, formas de vidas que podemos ver a olho nu.
A grande obra que está sendo realizada nos Planos Superiores vai eliminar, do corpo humano, todas as formas inferiores de vida, e isto se fará pela força das mentes a caminho.
As forças são aplicadas e emitidas pelas vibrações, bem como, também, muitas vezes são corrigidas pelos laços
afins nestas colônias. O assunto exige muito estudo.
A caridade é a libertação, salvo pela força superior.
Muito embora o Homem não trabalhe para o Mal, pode tão somente ter em “haver”, em sua colônia, algo errado, que o envolva e o provoque no centro primitivo.
As formas infinitesimais de vida é que produzem saúde, auxílio na formação perfeita, auxiliada pela forma dos poderes superiores.
As colônias recebem, sim, do Superior. Mesmo as colônias do inferior tudo recebem: força vibratória, vibração atômica, harmônica ou Raio de Sol. Sim, porque atômica é a força manipulada pelos raios do Sol. Todos esses movimentos são cuidadosamente conjugados, uniformes e rigorosamente ajustados.
Sim, por mais que os seres humanos deem expansão aos seus conhecimentos, por mais que estudem e mais se aprofundem, não poderão penetrar na limitada posição que ocupam em toda a sua existência. E digo existência somente neste pla-
neta. Sim, falo na individualidade, em toda sua extensão infinita.
A mente pode avançar até certo ponto, mas fica sempre sem atingir a realidade da meta, não abrange a sua concepção, sempre sem atingir a meta extrema. A inteligência já pode compreender o que está sendo revelado pela Ciência Etérica, que vem se materializando.
Se todos tivessem compreensão desta realidade, o sentido da criação transformada, arrastando, por sua vez, os valores que implicam qualquer ação no seu campo vibracional.
Por exemplo: D. Eduvirgem, uma senhora que eu conheci. Conheci nas piores circunstâncias possíveis! Sim, família numerosa: filhos, marido, genro, nora, tudo em completo desajuste. Certo dia, ela veio me pedir um remédio, porque estava sonolenta, a ponto de se descuidar dos seus afazeres. Porque, na realidade, era ela o baluarte da família. Comecei a me preocupar mais.
Duas horas da tarde de um dia de segunda-feira, fui à Cidade Livre, onde
encontrei D. Eduvirgem recostada numa máquina de costura, dormindo serenamente. Um rapazinho vinha cantarolando, quando surgiu de outra porta um cidadão, pedindo silêncio, zelando pelo sono de D. Eduvirgem. Depois, examinando-a, disse:
– Vou levá-la ao médico. Esse sono da Eduvirgem pode ser uma doença!
Daí, não sei o que aconteceu, porque os deixei providenciando o médico, etc., e fui entrar em outra sintonia. Não sei como ou porquê, cheguei a uma não muito conhecida colônia e, um pouco assustada, senti alguém conversando muito perto de mim, onde um vidro nos separava. Era um casal, cuja mulher aparentava quarenta anos e ele uns quarenta e cinco, em diálogo de amor. Duas pessoas bem apaixonadas, sem esperança de se unirem. Ela dizia coisas que eu logo reco-
nheci como sendo a própria D. Eduvirgem, em outra dimensão:
– Estou cansada! Não tenho forças para continuar. Sinto uma terrível sonolência…
Fiquei admirada, sem reação não sei por quanto tempo, enquanto ele dizia:
– Tenha paciência! Sinto que está breve, tudo passará…
Nisso, a moça, num gesto, levou a mão ao peito, deu um grito e desapareceu.
Ficava desapontada sempre que me recordava do quadro naquela colônia.
Certo dia, encontrei no Templo com uma das filhas de D. Eduvirgem, de quem nunca mais tivera notícias, embora sempre ligando um quadro a outro.
Sim, me disse a jovem que era sua filha: na tarde em que eu a vira dormindo recostada na máquina de costura, ela havia morrido, porque
um farmacêutico lhe dera uma injeção de calmante e seu coração não aguentara. Morrera ali onde estava.
Assim na Terra como no Céu, meu filho, sempre temos alguém nos esperando, nos amando!
Cumprindo com amor tudo que entreguei dos meus olhos em Cristo, a mãe em Cristo Jesus, Salve Deus!