19/10/78 • DÚVIDAS - Acervo Koatay 108

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19/10/78 • DÚVIDAS

Década de 70 > 1978
Salve Deus!
Meus filhos, este caderno será o meu diário. Espero, em Jesus, que sirva de esclarecimento e Luz.
Pelo nosso supremo estágio da alma porque, na maioria, vivemos, oscilamos, duvidamos, entre a revolta muda, o murmúrio da submissão que as dúvidas nos causam e ficamos no mais alto estado da mente, e revolta-se contra aquilo que a alma obedece, porque a canção do mar morre ao atingir a praia ou a tocar no coração que a ouve.
Meu filho, a poesia para mim é a linguagem do coração. A poesia é a compreensão do todo, é a maneira feliz de trazermos a alma ao corpo. Porém, sem poesia, sem verso, mais com amor vou contar
o que vejo durante a noite.
Salve Deus!
Apesar do meu estado de espírito, fui até o Canal Vermelho.
Enóbio me viu, e me chamou:
– Neiva, onde vai? – Me levou para o interior de uma chalana e conversamos muito, e pedi a ele que me esclarecesse o caso da menina Cléo, e ele me afirmou que tudo era tão longe do Vale. Perguntei porque tanta confusão em torno do assunto, me disse que a função não era minha, ninguém está livre de um julgo. Fui até os moros(mouros?), por quem tanto me afirmo, me encontrei com Musã, e tudo voltou em mim! Ele estava junto a Veruska,
sua alma gêmea, que pensamos em Deus serem irmãs. Tive notícias desta pátria querida, porém não muito boas. Tentei equilibrar o Mário. Espero em Deus que tudo vá em paz!
Quando saí, encontrei com um Comandante da Estrela, que falou comigo e disse:
– Tia, vou comandar a Estrela! Silvério.
Salve Deus!
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