25/06/78 • FALANDO SOZINHA
Década de 70 > 1978
(Há muitas versões distribuídas que difere do original)
Salve Deus!
Falando sozinha.
Ficava calada, quando me perguntavam pra onde eu ia, ouvindo os espraguejamentos daqueles que outrora me amavam, sentia imensa a perda que estava havendo. Porém, chorar, chorar, somente é o que me vinha; quando todos me acusavam de fanática, ignorando o meu drama. E, eu sem nada poder dizer.
De Deus não foi dado ao homem criar, foi dado apenas crescer. E, sozinha, me ponho a rimar, para que novas luzes venham a surgir e sempre pensando:
-Por que tantas palavras?
-Por que tantos conflitos?
-Por que tantas divergências; se tudo já está escrito? Se sabemos que só o amor
nos dá força e equilíbrio. Amando, minha alma irá longe, muito além do infinito, sem véu, sem grinalda e sem tempo; longe dos mundos aflitos.
Viajei muito, viajei para os meus amores voltar, caminhando, sempre caminhando, novas alusões, novos destinos. Porém, tudo sem criar aumentei com amor. Por fim, um lindo rosário de salmos, foi tudo que formei. Os meus amores voltaram, o meu caminho retornei.
Salve Deus!
Tia Neiva.
Minhas prosas meus conflitos.
Vale do Amanhecer, 25 de junho 1978.
“Sabe filho, onde poderás viver sem medo e com a mente erguida? Na DOUTRINA, onde o saber é livre”.
Tia Neiva.