Casa grande de Tia Neiva
Glossario > C
Casa Grande foi a denominação que demos à residência de Tia Neiva, uma casa de madeira, simples, espaçosa, onde eram acolhidas as crianças e os jovens, onde havia sempre um prato de comida para quem necessitasse.
Atualmente, a Casa Grande foi transformada em Memorial de Tia Neiva, onde estão guardadas indumentárias e fotografias contando a história da nossa Clarividente.
Entre as grandes preocupações de Tia Neiva, uma das mais importantes era o trabalho com as crianças, acomodadas junto à Casa Grande, onde recebiam toda a assistência para minorar as dificuldades de manutenção do chamado Orfanato. Na verdade, não eram acolhidas somente as crianças órfãs mas, sim, a maioria de filhos de casais sem a mínima condição de criar suas crianças, não só pelas condições financeiras mas, também, pela desestruturação familiar. Foi uma grande luta, e houve uma grande movimentação para angariar doações e movimentações financeiras para ajudar a manutenção do Orfanato na Casa Grande.
Um desses movimentos foi a instituição de uma rifa que, mensalmente, distribuía uma série de prêmios, encabeçados por um carro novo, cujo recibo dos participantes dava direito a desconto na declaração do Imposto de Renda:
A transformação feita em novembro de 1996 no que toca à Doutrina para crianças e adolescentes, quando foi adequado o sistema ao Estatuto do Menor (Veja: Adolescente), fez com que houvesse uma nova orientação para os menores de 16 anos: a Linha de Passe foi mudada do Turigano para o antigo orfanato, sendo extinto o Pequeno Pajé, e foi adotado o que se chamou Projeto Casa Grande das Crianças de Tia Neiva, em que se fixaram algumas metas, estabelecidas de acordo com faixas etárias, buscando atender a todas as crianças entre 4 e 16 anos, que, após passarem na Linha de Passe, recebem um lanche e vão para suas respectivas salas, onde têm o atendimento, previamente planejado, de mestres e ninfas que lhes proporcionam jogos, diversões e noções de Evangelização, sem qualquer comprometimento doutrinário, e sendo ministrados alguns rudimentos de conhecimentos profissionalizantes.
Entre as diversas peculiaridades que acompanharam a formação da Casa Grande das Crianças de Tia Neiva, vale salientar os fenômenos que foram fotografados quando estavam sendo feitos os bancos e as mesas para serem utilizados no Projeto. A princípio, quase dez carpinteiros se apresentaram para fazer os móveis. Quando se chegou no momento de começar o trabalho, só o Trino Triada Tumarã, Mestre José Carlos, e sua ninfa Dinah, Primeira Dharman Oxinto, ajudados por mais meia dúzia de mestres e ninfas, iniciaram a confecção dos bancos e mesas, usando as máquinas colocadas à disposição pelo Mestre Resende, que tinha uma carpintaria bem montada. Mas nenhum dos profissionais apareceu. E tudo foi feito com muito amor e dedicação, superando as deficiências da técnica. Entre os voluntários, destacaram-se o 1º Mago Jefferson e sua ninfa Maria Joaquina, tendo esta tirado algumas fotografias do trabalho que estava sendo feito no pavilhão do Projeto. Para surpresa nossa, saíram imagens fantásticas, comprovando a presença da Espiritualidade naquele trabalho, que a seguir apresentamos:
PROJETO CASA GRANDE DE TIA NEIVA
I – APRESENTAÇÃO:
Neste trabalho, que denominamos Casa Grande de Tia Neiva, procuramos expor um pouco de nossa vontade de proporcionar às nossas crianças e adolescentes assistência sociocultural, médica, psicopedagógica e alimentar. Mais que um simples desejo, mais que um gesto emblemático, neste projeto expressamos um pouquinho da consciência tomada em nós pela nossa mãe mentora Tia Neiva. Por acreditarmos na Doutrina que praticamos, nos colocamos à disposição das nossas crianças e adolescentes, na esperança de conduzi-los a uma vida melhor.
II – JUSTIFICATIVA:
As Obras Sociais da Ordem Espiritualista Cristã – Vale do Amanhecer, buscando proporcionar melhor assistência às crianças e adolescentes que integram esta comunidade, principalmente naquilo que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, independente de auxílio das instituições de assistência do Governo federal ou estadual, desenvolverão este projeto com a participação de voluntários, vez que reconhecemos a necessidade de maior integração da comunidade local no cumprimento de objetivos socioculturais, o que, sem dúvida, contribuirá na preparação das crianças e adolescentes de hoje para serem os homens de amanhã. Todo o esforço será conjugado para implantação deste projeto, que desenvolverá programa de assistência integral envolvendo alimentação, saúde, lazer e orientação familiar, voltado exclusivamente para a formação saudável e equilibrada das crianças e adolescentes do Amanhecer. Por outro lado, significa reabrir o Orfanato, dentro de uma nova filosofia, auxiliando os pais a um melhor convívio e educação dos filhos, de acordo com as exigências cada vez maiores da sociedade contemporânea. Ainda significa um resgate dos sonhos e objetivos de nossa eternamente querida Tia Neiva que, sem as condições de que dispomos atualmente, lutou incessantemente e, enquanto neste plano físico, manteve aberta e em pleno funcionamento a “Casa de Mãe Tildes”. Não queremos aqui imitá-la, mas, de certa forma, por em prática aquilo que nos foi ensinado por ela, que é “Colocar Deus no coração do Homem!” A OSOEC sente-se no dever de tomar esta iniciativa no contexto social, buscando fazer aquilo que lhe é possível, no sentido de minorar o desnível sociocultural daqueles pequeninos que integram sua comunidade.
III – OBJETIVO GERAL:
Realizar semanalmente, aos domingos, a partir do primeiro domingo de dezembro, a distribuição de sopa e a execução de atividades psicopedagógicas, psicomotoras, artes cênicas, artes plásticas, artesanato, educação sexual, prevenção ao uso de drogas, palestras voltadas para a formação moral e de caráter, oficinas nas diversas modalidades – confecção de brinquedos utilizando sucata e atividades profissionalizantes como tapeçaria, bordado, tricô, crochê, pintura em tecido, etc., com crianças e adolescentes da Casa Grande de Tia Neiva, na faixa etária de quatro a dezesseis anos.
IV – METAS:
1) Realizar atividades educativas com crianças de quatro a dezesseis anos;
2) Cadastrar voluntários que desejam participar da execução do projeto e oferecer treinamento aos mesmos;
3) Formar equipes de trabalho que desenvolverão as atividades diretamente com as crianças uma vez por mês, sob a forma de escala;
4) Melhorar a infra-estrutura do prédio, os recursos materiais e humanos, evitando, assim, a improvisação;
5) Implantar o Projeto Casa Grande de Tia Neiva experimentalmente no Templo-Mãe e, após avaliação, implantá-lo em todos os Templos do Amanhecer.
V – DIRETRIZES:
1) Transformar, a longo prazo, o antigo Orfanato “Crianças de Mãe Tildes” (desativado) em uma creche;
2) ampliar o trabalho desenvolvido com as crianças do “Pequeno Pajé” na Doutrina e na comunidade Vale do Amanhecer, oferecendo, também, assistências sócio-educativa e alimentar a curto prazo.
VI – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Oferecer, semanalmente, sopa para as crianças e adolescentes;
- Desenvolver, semanalmente, atividades educativas sob a forma de circuito;
- Cadastrar e oferecer treinamento prévio aos voluntários que desejarem participar da execução do projeto;
- Oferecer crachás de identificação para os voluntários;
- Cadastrar crianças e adolescentes interessados em participar do projeto;
- Oferecer crachá de identificação para cada criança ou adolescente cadastrado, o qual deverá ser afixado visivelmente;
- Dividir as crianças em grupos, utilizando cores:
- I Grupo – Azul (4 a 6 anos),
- II Grupo – Amarelo (7 a 9 anos),
- III Grupo – Vermelho (10 a 12 anos) e
- IV Grupo – Verde (13 a 16 anos);
- Criar temas geradores para serem explorados nas diversas áreas de artes plásticas, artes cênicas, artesanato, recreação e jogos desportivos, psicomotora, ensino religioso, etc.;
- Implantar oficinas para confecção de brinquedos utilizando sucata e cursos de tricô, crochê, artesanato, bordado em tecido, noções de eletricidade, de marcenaria, de serigrafia, etc.;
- Realizar apresentações de arte e cultura, como capoeira, karatê, teatro, etc.;
- Convidar profissionais como médicos, advogados, psicólogos, enfermeiros, policiais e bombeiros, professores, etc., para realizar palestras sob temas diversos, de acordo com as necessidades da comunidade;
- Angariar material necessário para a execução do projeto;
- Realizar, trimestralmente, encontro com os pais ou responsáveis pelas crianças que participarem do projeto;
- Oferecer noções básicas de Informática;
- Ministrar ensinamentos sobre alimentação alternativa e plantas medicinais.
OBS: Os itens VII – Cronograma, VIII – Recursos Humanos, IX – Recursos Materiais, X – Contrapartida Financeira e XI – Custos, bem como os vários modelos utilizados, não foram aqui transcritos por ficarem sujeitos a alterações e adequações diversas.
VEJA: