Depressão - Acervo Koatay 108

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Depressão

               
       A depressão se caracteriza por um estado de abatimento físico e moral, um sentimento de tristeza vital, causando anulação das reações emocionais, queda da capacidade de sentimentos, diminuição das funções intelectuais – dificuldades para pensar e formular ideias, desatenção e memória lenta – e retardamento das funções psicomotoras. A vítima de depressão busca se refugiar na solidão de um cômodo, não reage a estímulos e prefere ficar parada, aparentando tristeza e indiferença, falando pouco e preferindo estar rodeada pelo silêncio. Mergulhada em ansiedades e sentindo-se culpada por uma série de acontecimentos havidos com seus familiares, chega a ter idéias delirantes que a levam ao suicídio.
       Prisioneira da melancolia, a pessoa anula sua libido, fica impotente, dorme pouco e mal, e passa a resistir a uma alimentação normal, entrando num quadro de anorexia e emagrecimento, necessitando, na maioria dos casos, dos cuidados de um psiquiatra, embora a Medicina registre várias doenças que podem determinar uma depressão.
       Na nossa Doutrina, segundo Tia Neiva, encaramos a depressão também como o resultado de uma cobrança espiritual, onde a vítima não consegue suportar esta ação, e o obsessor vai tomando conta de sua mente, provocando um quadro depressivo que pode resultar em desencarne.
       A vítima recorre à Medicina terrestre, que pouco pode fazer porque se trata de um quadro espiritual. Se não houver a assistência da manipulação das forças, através dos trabalhos no Templo e do tratamento diário com a água fluidificada, necessários ao trabalho no perispírito, é muito difícil obter algum progresso na recuperação do depressivo.
       É preciso muita atenção e dedicação aos depressivos, porque o sentimento de culpa e a profunda tristeza alteram profundamente o padrão vibratório da vítima, formando um quadro muito difícil de ser superado, pois perdeu a confiança em si mesmo.
       Além disso, na maioria dos casos tomam medicamentos fortes e controlados, que geram dificuldades para o andamento normal dos trabalhos espirituais, além de produzirem alterações ainda não suficientemente controladas no funcionamento dos neurotransmissores, atuando apenas nos efeitos da depressão, sem atingir as causas. O que podemos fazer é buscar harmonizar o ambiente, tentando elevar o nível vibracional do paciente, e isso é ajudado por conversas tranquilas e leves, músicas suaves e preces, alterando o nível consciencial do depressivo para as belezas da vida, tentando fazer nele renascer a consciência de sua missão, a grandeza de sua jornada e a confiança em nossos Mentores.
       Lemos em Mateus, 16, 26: Pois, que aproveitará o Homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o Homem em troca de sua alma?
       Passar nos trabalhos do Templo, aplicar passes magnéticos, mesmo em casa, fazer defumação nos ambientes domésticos em que vive o paciente, colocar seu nome na Mesa Evangélica e no Caminheiro, enfim, utilizar tudo o que a Doutrina nos oferece para cuidar da recuperação do paciente, inclusive atendendo às recomendações da Espiritualidade e às nossas intuições para melhor servir, é o que de melhor podemos fazer para ajudar na recuperação de um depressivo. É preciso, com sabedoria e tato, buscar atuar no perispírito do paciente e ir tentando ajudar o paciente a rever seus pensamentos e, aos poucos, mudando sua forma de comportamento, fazendo renascer a expectativa de melhor forma de vida e convivência com os que estão ao seu redor.
       Há que se considerar o ritmo de vida estressante em que estamos mergulhados no nosso dia-a-dia, rodeados pelos problemas próprios da nossa situação particular, em que buscamos a sobrevivência em um mundo cada vez mais competitivo e desgastante, e as difíceis condições do nosso planeta e dos nossos irmãos que nele habitam, sem falar na crise ética e moral que nos é apresentada nos noticiários impressos e falados dos veículos de comunicação. Por isso é necessário que cuidemos de nós mesmos, em busca de não nos deixarmos cair neste negro abismo da depressão.
       Temos que nos programar seriamente para todas as nossas atividades diárias e de longo prazo. Vamos, conscientemente, avaliar nossos graus de exaustão, seja no lar ou em nossa vida material, nossos compromissos familiares, sociais e profissionais, para que possamos alterar, modificar ou até mesmo suprimir o que não for necessário. Há, na sociedade moderna, exaustiva competição, uma grande corrida, movida pela ambição e pela vaidade, que nos exaure e esgota as nossas forças, levando-nos aos estados mais críticos da depressão, preço a ser pago pela enganosa sensação de ter sido vitorioso sobre nossos concorrentes.
       Recordemos a Epístola de Paulo aos Gálatas (6, 6-10): Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus não se zomba! Pois aquilo que o Homem semear isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o espírito, do espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o Bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o Bem a todos, mas, principalmente, aos da família da fé!
       Por isso, é preciso não nos deixarmos levar por situações críticas onde chegamos por não analisarmos, com os olhos do espírito, com o sentimento de nosso coração e com a sabedoria de nossa mente as nossas reais necessidades. Precisamos aprender a viver para nós, para a nossa realização, e não para os outros, para mostrar muitas vezes o que não corresponde à nossa realidade.

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