Drogas - Acervo Koatay 108

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Drogas

               
      Originalmente, o termo drogas significa produtos obtidos de forma natural ou artificial, destinados ao uso medicamentoso.
      Hoje, assim são denominados produtos tóxicos, naturais ou sintéticos, que causam a intoxicação crônica do Homem, causando o desejo ou a necessidade irresistível de continuar seu consumo, cada vez em doses maiores, provocando uma dependência de ordem psicológica – necessidade da droga para atingir o máximo da sensação desejada – e química – perda do controle do uso em razão da necessidade física da droga, com sintomas dolorosos quando a droga não é usada.
      A neurobiologia da dependência explica o início e a manutenção do consumo abusivo de qualquer droga.
      As drogas têm a característica de reforçar e incrementar uma resposta positiva no indivíduo, perpetuando o hábito do consumo, que se transforma em vício, uma vez que seu uso leva ao prazer ou á recompensa, funcionando como automedicação, evitando a síndrome da abstinência.
      Buscando experiências mais profundas em suas mentes já em desequilíbrio, na força da transição para uma Nova Era, muitas pessoas enveredam pelos caminhos das drogas, naturais e artificiais, procurando as excitantes experiências psicodélicas.
      Nos Estados Unidos foi criada uma religião psicodélica – o Psicodeísmo, que utiliza drogas em seus rituais. A própria palavra – psicodélica – tem o significado de “manifestação da mente”, e as drogas aguçam os sentidos e proporcionam à mente novas sensações, ampliando a sensibilidade e levando à situação de verdadeira “viagem” por outras dimensões.
São três as categorias das drogas:
    • depressoras – em doses baixas conseguem que as pessoas relaxem e exprimam maior contentamento; em doses altas provocam sonhos e, por overdose, inibem nas funções cerebrais e podem matar. Exemplos: álcool, tranqüilizantes (como o Valium), barbitúricos, inalantes de anestésicos cirúrgicos e os derivados do ópio (morfina, codeína e heroína);
    • estimulantes – proporcionam controle temporal das variações do ânimo, diminuem a fome e melhoram certos rendimentos físicos e mentais, sem dar energia e, sim, liberando parte das energias que o corpo tem em reserva, e criando a dependência para manutenção das condições propiciadas. Exemplos: anfetaminas, cocaína, café e cafeína, fumo e plantas estimulantes diversas; e
    • alucinógenas – ou perturbadoras – com baixo potencial de ação negativa (nem as overdoses matam), são utilizadas cientificamente para tratamentos de doenças físicas e mentais, tendo que ser muito bem avaliadas, pois causam visão deformada das formas e das cores e podem levar ao céu ou ao inferno! Desde época remota foram usadas para práticas mágicas, medicinais e religiosas (como no Xamanismo). Exemplos: maconha, ácido lisérgico, ayahuasca, peyote, mescalina, ibogaína e cogumelos, e as sintéticas como o SPT, o MDA ou o MDMA.
      É desolador o quadro de viciados, com idades cada vez menores, já havendo muitos casos de crianças com 8 a 10 anos já ingerindo drogas.
      O risco maior está na faixa da adolescência, uma vez que sem evangelização, sem conhecimento das responsabilidades do espírito, com deformada escala de valores morais e éticos, o adolescente se desespera, fica deprimido e se refugia nas trevas da droga.
      O Coronel Edson Ferracini, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, também psicólogo e grande estudioso dos problemas da droga na sociedade, informou que existem muitos e variados motivos que levam ao uso de drogas, variando de indivíduo para indivíduo, conforme sua personalidade e estado emocional, mas podem ser citados os principais:
    • Fuga de problemas;
    • Modismo;
    • Imitação;
    • Desinformação;
    • Prazer de violar ou desafiar as convenções sociais ou familiares;
    • Auto-afirmação;
    • Falta de diálogo com os pais;
    • Facilidade do uso;
    • Influência de amigos;
    • Freqüência a maus ambientes;
    • Enriquecimento rápido;
    • Propaganda;
    • Desespero;
    • Falta de orientação na escola e
    • Falta da prática de esportes.
      O número de pessoas viciadas aumenta por todo este planeta, trazendo graves problemas individuais e sociais, pois os tráficos internacional e doméstico envolvem muito dinheiro, violência e aumento da criminalidade.
      O uso das drogas – ópio, morfina, codeína, heroína, cocaína e assemelhados – gera a chamada reação de abstinência, isto é, quando o viciado não consegue suprir sua necessidade, torna-se violento e desesperado, só se acalmando quando consegue ingerir a droga.
      Inicialmente, a cocaína provoca euforia e, então, gera a dependência. Em seguida, começam a surgir os estragos que provoca no organismo, que vão desde a morte súbita a lesões hepáticas, cardíacas e nas glândulas sexuais. No cérebro, age sobre o hipotálamo, bloqueia os níveis pré-sinápticos e rompe os neurotransmissores dopamina, serotonina e noradrenalina, propiciando sentimentos de euforia, prazer e excitação sexual. Com o tempo, aniquilando os receptores pós-simpáticos, inicia-se a perda das funções da cocaína, produzindo estados paranóicos que chegam a níveis psicóticos e depressões graves, gerando ações suicidas.
      Muitos se baseiam no uso de drogas alucinógenas – mescalina, peyote e cogumelos alucinógenos – por curandeiros e feiticeiros de tribos indígenas, esquecidos de que estes as usam como parte integrante de rituais onde existe controle sobre os efeitos das drogas, canalizando sua ação e conseguindo perfeita orientação dos efeitos produzidos para os fins que desejam, graças à sabedoria milenar de tratar com equilíbrio as forças da Natureza.
      O Homem moderno, de mente científica e sendo um desconhecido das mais elementares leis da Natureza, não consegue o controle de sua mente, e, sob ação de alucinógenos, sofre profunda alteração em sua consciência, perdendo a percepção das formas, dos sons, da temperatura, dos odores, do tempo e do espaço.
      Os efeitos das drogas e tóxicos se fazem no sistema nervoso central, destruindo as células nervosas, que são irrecuperáveis, produzindo total desequilíbrio da energia mental, o que torna incompatível o usuário com o seu trabalho espiritual.
      As drogas dão a falsa impressão, em quem as usa, de que está lidando melhor com as próprias emoções, quando, na verdade, sua ação anestesia, disfarça e encobre essas emoções.
São considerados sinais gerais do uso de drogas:
    • mudanças bruscas no comportamento;
    • falta de motivação para as atividades comuns;
    • queda do rendimento escolar ou abandono dos estudos;
    • queda na qualidade do trabalho ou o seu abandono;
    • inquietação, irritabilidade, insônia ou, ao contrário, depressão e sonolência;
    • 1. Atitudes furtivas ou impulsivas, uso de óculos escuros mesmo sem excesso de luz, ou camisas de mangas longas mesmo no calor;
    • Sumiço de objetos de valor, em casa ou no trabalho;
    • Presença de comprimidos estranhos, frascos de xaropes ou colírios e seringas descartáveis;
    • Pausas demoradas, horários de refeições prolongados ou desencontrados, ausências do domicílio ou do trabalho inusitadas e por longo tempo;
    • Dívidas e telefonemas ameaçadores de agiotas;
    • Uso de sons em alto volume; e
    • Troca do dia pela noite.
    • Quando se desconfia de alguém, devemos conduzir com serenidade uma conversa franca, sincera e leal, buscando uma empatia que permita ao viciado se abrir e expor as razões que o levaram ao vício.
      Devemos ajudá-lo, no âmbito familiar e de amigos, propondo a ajuda de médicos e profissionais, sem estigmatizá-lo nem o recriminar.
      Esta é a hora de aplicar, da melhor forma possível, o amor, o carinho e a compreensão.
      Na Doutrina do Amanhecer é, junto com o álcool e o cruzamento de correntes, o que de mais nefasto existe para o Jaguar.
      Tão grave é o prejuízo causado pelas drogas ao organismo, que, na maioria dos casos, o usuário de drogas necessita reencarnar como deficiente mental ou físico, para restaurar, no corpo etérico, as células que foram deterioradas pelas drogas.
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