Fumo
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O fumo ou, propriamente, a nicotina, é um alcaloide de alta toxicidade, extraído da planta do tabaco – Nicotiana tabacum –, sendo consumido em grandes quantidades pelos fumantes em maior ou menor concentração do veneno, constituindo-se o cigarro – ou o charuto ou o cachimbo –, em fator de desequilíbrio no funcionamento dos neurônios.
Sua absorção se dá rapidamente pelos pulmões, pelas mucosas e pela pele. Quando tragada, a nicotina se distribui pela circulação sistêmica e, em cerca de 9 segundos, atinge o cérebro, após atravessar a barreira hemato-encefálica, provocando a liberação de dopamina, o que proporciona sensação extremamente prazerosa. Ela é metabolizada em cerca de 90% no fígado, originando a cotidina e o óxido de nicotina, e o excesso, após duas horas, é eliminado através dos rins, com desgastante filtração, que forma pequenos depósitos de nicotina e alcatrão na bexiga, onde podem propiciar o aparecimento do câncer.
Os efeitos farmacológicos atingem todo o organismo, com ação predominante:
- no aparelho cardiovascular, provocando vasoconstrição, aumento da pressão arterial, da freqüência cardíaca, da força de contração miocárdica e da adesão plaquetária; a fumaça, ao chegar nos pulmões, é rapidamente absorvida pelos brônquios e passa à corrente sanguínea, com ação rápida como a de uma injeção intravenosa. Com a liberação do monóxido de carbono, este gás interfere na hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos do sangue, portadores do oxigênio para todas as células do corpo, baixando sua ação, o que causa sérios problemas nas paredes das artérias – arteriosclerose – que favorecem os aneurismas e os enfartos. No homem, podem ser afetadas as artérias que irrigam o pênis, causando a impotência sexual;
- {Fumo2}no aparelho respiratório, irrita a mucosa brônquica, causando broncoconstrição e diminuição da defesa mucociliar; diminui a fagocitose dos macrófagos alveolares e estimula a quimiotaxia para neutrófilos polimorfonucleares, que são a maior fonte de elastase, gerando o desequilíbrio enzimático no parênquima pulmonar; com a perda da condição de contração e de dilatação, agravada pela falta de oxigenação do sangue, faz-se o quadro propício ao aparecimento da asma, da bronquite e do enfisema pulmonar;
- no aparelho digestivo, aumenta o tônus e a atividade motora dos intestinos e diminui a contração do estômago, o que causa perda de apetite. A nicotina se combina com o monóxido de carbono, estimulando a produção de ácido clorídrico, o que provoca a úlcera gástrica.
No sistema nervoso central, os neurônios de comunicam entre si através de substâncias denominadas neurotransmissores, sendo uma delas a acetilcolina, cuja ação é imitada pela nicotina, que produzindo ondas rápidas e de baixa voltagem, se encaixa nos receptores de acetilcolina das células cerebrais e determina maior produção de dopamina, neurotransmissor que gera sensação de bem-estar. Em sua ação natural, a acetilcolina é liberada pelos receptores e reabsorvida pelas células.
Pela ação da nicotina, quando cessa seu efeito a produção de dopamina é interrompida, o que causa desequilíbrio no sistema nervoso, só sendo sanado quando o fumante absorve novas doses de nicotina, que vão se encaixar nos receptores das células cerebrais, criando, assim, o ciclo vicioso que escraviza o fumante, originando vibrações negativas que viciam e provocam o enfraquecimento de forças vitais, impregnando o perispírito e fazendo com que as vibrações fiquem pesadas, prejudicando a aura e atuando no funcionamento dos chakras, dificultando a captação de energia.
Por causa dessa reação nos neurotransmissores, o tratamento para se livrar do fumo inclui substâncias tranquilizantes que vão aliviar a falta da nicotina.
Como Jaguares compreendemos que a evolução do espírito implica na superação de paixões e vícios, desejos ligados ao mundo físico, cujo fracasso nos levaria a novas encarnações provatórias ou retificadoras. Em nossa Corrente não se proíbe o consumo do fumo, apesar de serem seus danos de ordem física, causando bronquite, problemas cardíacos e circulatórios, atuando nos pulmões de forma a prejudicar a oxigenação do sangue, lesionando os tecidos e podendo originar necroses, isto é, a morte de células por envenenamento, males que podem ocasionar lesões no corpo espiritual, o que levaria a reencarnações reparadoras.
Mulheres que fumam durante a gestação tendem a ter mais abortos, filhos natimortos ou com mortes prematuras.
Pesquisas feitas na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, demonstraram o elevado teor cancerígeno do cigarro, mas foram ignoradas pelos americanos, onde a máquina industrial do fumo fazia grande propaganda para todo o mundo, mostrando que fumar era elegante e charmoso, através dos filmes e artistas famosos.
Hoje, mais de cinquenta anos depois, chegou-se à conclusão científica de que as pessoas que usam o tabaco têm maior tendência ao câncer, complicações circulatórias, cancros da laringe, do esôfago e da boca.
Embora cause dependência, o vício do fumo não causa, ao que se sabe até o momento, lesões no sistema nervoso central. Isso o diferencia dos tóxicos e entorpecentes, porque o corpo etérico de um fumante, após seu desencarne, passa por sistema de limpeza e desimpregnação da nicotina de suas células.
Todavia, uma pessoa que tem seu organismo já minado por algum mal, sendo os mais comuns a bronquite crônica e o enfizema, sabendo que o fumo só irá agravar seu estado patológico, e se nega a parar de fumar, entra no quadro de um suicida. Então, começam complicações que podem, realmente, dar uma conotação diferente à nicotina consumida, gerando débitos que irão necessitar, também, de uma nova encarnação para serem reajustados.
Assim, embora ainda não se saiba, em profundidade, até que ponto chegam os problemas orgânicos gerados pelo fumo, o melhor é evitá-lo, principalmente se seu uso implica em riscos de vida para os enfermos e crianças.
Na Medicina atual (2003) já foram detectados os seguintes males do fumo no plexo físico:
- doenças neurovasculares – triplica o risco de acidente vascular cerebral – o derrame cerebral;
- câncer – na boca, faringe, laringe, traquéia, pulmões, esôfago, estômago, rins, bexiga e colo de útero;
- doenças cardiovasculares – triplica o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos e de mulheres que tomam anticoncepcionais orais, e aumenta, em 10 vezes, o risco de tromboembolia venosa;
- na pele – aumenta o risco de rugas prematuras, estimula a celulite e interfere na cicatrização de feridas cirúrgicas; a fumaça, tanto a aspirada como a que entra em contato com o corpo do fumante, provoca a destruição do colágeno e da elastina, dando aparência de envelhecimento da pele;
- na gravidez – aumenta fatores de infertilidade, aborto e sangramento, risco de descolamento prematuro da placenta, ruptura prematura da bolsa, defeitos congênitos e síndrome da morte súbita do bebê;
- na boca – a fumaça entra pela boca do fumante, sendo parte dela absorvida pela língua e pela garganta. Parte da nicotina fica depositada nos dentes, que, com o passar do tempo, adquirem tonalidade amarelada, e outra parte impregna as papilas gustativas, alterando a percepção dos sabores;
Verifica-se, ainda, que a chance de viver até os 71 anos é de 42% em fumantes e de 78% para os não fumantes.
Sempre que abordada a questão do fumo, surge uma reação sob alegação de que Tia Neiva fumava muito, e nunca proibiu o cigarro. É verdade. Aliás, ela nunca proibiu coisa alguma. Mas a questão do fumo está ligada ao seu livre arbítrio. Quando aceitou a missão de implantar a Corrente do Amanhecer, ela condicionou essa aceitação a manter sua vida como ela bem quisesse: dançar, divertir-se, fumar, etc. Pai Seta Branca aceitou, e ela manteve sua personalidade, que não interferia na sua missão espiritual. Fumou, desafiando os médicos e suas próprias condições de saúde, entrando num quadro terrível de sofrimento por conta de sua deficiência respiratória, agravada pelo fumo. Usou o livre arbítrio e sofreu por isso.
Assim, não falamos em proibir o cigarro, mas cabe o alerta sobre os males que o fumo causa no corpo físico. Tia Neiva foi um exemplo!…