Mãe
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O papel mais importante da Humanidade está em ser MÃE, na forma biológica ou na forma de sentimento.
A mãe é a grande responsável por seus filhos desde o primeiro contato físico, que origina o feto, dando cumprimento a uma programação reencarnatória prevista, por aquele espírito plenamente aceita perante a Espiritualidade Maior, o qual sabendo o quanto lhe será cobrado por aqueles espíritos que lhe forem confiados, somente pelo amor aceita a missão!
O grande exemplo nos é dado no Evangelho de João: a transmutação da água em vinho foi o primeiro milagre de Jesus, nas bodas de Caná, passagem onde se registra o amor e o respeito de Jesus por Sua Mãe, atendendo ao pedido de Maria e realizando um milagre antes da hora prevista pelo Pai Celestial, conforme nos relata João (II, 1 a 11): “E três dias depois celebraram-se umas bodas em Caná da Galiléia, às quais assistia também a Mãe de Jesus. E também foi convidado Jesus com os Seus discípulos para as núpcias. Ora, vindo a faltar o vinho, a Mãe de Jesus Lhe disse: Não tem mais vinho. E Jesus Lhe respondeu: Mulher, o que nos importa isso a Mim ou a Ti? Ainda não é chegada a Minha hora! Disse a Mãe de Jesus aos que serviam: Fazei tudo o que Ele vos disser. Estavam ali, postas, seis talhas de pedra para servir às purificações dos judeus, cada uma das quais podia conter duas ou três metretas (uma metreta equivale a 29 litros). Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até a boca. Então, disse-lhes Jesus: Tirai agora e levai ao arquitriclino. E eles a levaram. E logo que o arquitriclino provou a água que se convertera em vinho, não sabendo de onde vinha (ainda que o conhecessem os serventes que tinham tirado a água), chamou ao esposo o tal arquitriclino e lhe disse: Todo homem serve primeiro o bom vinho e quando os convidados já o tenham bebido bem, então lhes serve o menos generoso; tu, ao contrário, guardastes o bom vinho para o fim! Por este prodígio deu Jesus início aos Seus milagres em Caná da Galileia. E assim manifestou a Sua Glória e Seus discípulos creram Nele.” O tratamento de “Mulher”, na resposta de Jesus à Sua Mãe, era, na época, uma forma de afetuoso respeito.
A importância da mãe é fundamental desde o período de gestação, quando ela transmite ao feto todos os seus sentimentos, seu padrão vibratório. É uma fase em que também é importante a participação paterna. Esse cuidado é de grande importância na formação do novo ser, porque envolve a ação conjunta do embrião, da mãe e do pai, tanto no psicofísico como no emocional. Não cabe a desculpa de que a gestação é da responsabilidade da mãe. É uma fase que envolve os sentimentos dos três, e pai e mãe devem se preocupar com as inovações que surgem por conta do novo ser em formação.
Desde a fecundação até o parto, um envolvimento biológico, emocional, psicológico e sentimental é processado pelo reencarnante, principalmente com a mãe, com quem existe a integração do ser, com o pai e, de forma secundária, porém também determinante, com todo o ambiente em que está sendo desenvolvida a gestação, pela ação de percepções extrassensoriais. O feto reage aos diferentes sons e vibrações, principalmente às vozes da mãe e do pai.
Mas o principal fator de equilíbrio no desenvolvimento do feto são o amor e as vibrações de paz que formam o ambiente do lar de seus pais. Na verdade, as percepções extrassensoriais ocorrem de forma profunda e importante nos pais e no feto, envolvendo emoções, sentimentos e determinando o grau de lucidez do conhecimento consciencional do reencarnante.
O vínculo não é somente físico, mas, sim, telepático e mediúnico, uma vez que a corrente sanguínea que alimenta o feto também é condutora da corrente mediúnica. A mãe compreende as expressões de seu bebê, sabe de suas necessidades mais pela telepatia do que pelos gestos visíveis. E isso é recíproco. O bebê sente o estado emocional de seus pais, sofre com brigas e violências no lar, fica feliz com o carinho e o amor ao seu redor. A mãe, assim, deve evitar prejudicar a formação daquele ser, buscando ser alegre e feliz, sem querer exercer controle absoluto da criança e evitando ser displicente, o que iria provocar problemas emocionais e mentais no bebê, com reflexos sérios em seu desenvolvimento físico e mental.
Quando a criança já consegue manifestar seus sentimentos, perceber o mundo à sua volta, ela começa a criar barreiras às sugestões telepáticas da mãe que possam influenciar sua personalidade. É a fase em que a mãe deve compreender que o relacionamento com o filho deve ser modificado, passando ao nível das sensações e aprendizado moral e físico, deixando as sugestões telepáticas. Caso insista neste inter-relacionamento, pode criar desvios psíquicos para seu filho, alterando seus vulneráveis egos e, inclusive, conduzindo-o à esquizofrenia.
Na Doutrina, pelo elevado padrão vibratório, a mulher que é mãe se conscientiza de seu importante papel no lar e na formação de seus filhos, vibrando, em seus trabalhos, para a iluminação e proteção daqueles espíritos que lhe foram confiados e que, sabemos, foram escolhidos e aceitos como pais e filhos nesta vida, nesta reencarnação.
Mãe de Jesus, Maria tem posição de destaque na nossa Doutrina, sendo espírito de alta hierarquia e operando com grandiosa e luminosa força projetada por sua falange. Temos, para invocá-la, a nossa Ave Maria.
Na verdade, o Éden foi o paraíso da ignorância, onde o Homem vivia ainda sob os instintos dos demais seres inferiores, e o fruto do recebimento de seu plexo etérico, a partir de quando ganhou o livre arbítrio e, consequentemente, a responsabilidade por seus atos, pelos quais faz seu aprendizado do que é bom e do que é ruim para si mesmo. O fruto da árvore proibida foi o conhecimento, o despertar da consciência, pela qual o Homem passou a ter uma sensibilidade do bem e do mal, tornando-se o único responsável pelos seus pensamentos, palavras e ações.
O pecado original é um dos dogmas do catolicismo e marca a criança com a culpa de sua concepção e sua tendência para o mal. Ainda em Ezequiel (XVIII, 20) foi dito que: “A alma que tem pecado morrerá ela mesmo; o filho não sofrerá pela injustiça cometida pelo pai e o pai não sofrerá pela injustiça do filho!” Isso nos demonstra como a Igreja Católica buscou manter a submissão de seus membros e manter o poder de sua autoridade com base em dogmas distantes da verdade.
Os dogmas foram reforçados por explicações nada convincentes sobre a gravidez de Maria e a isenção de pecado original em Jesus. Seria muito mais acolhida a ideia de que Maria e José eram um casal normal, com relacionamento baseado em amor, e que Maria já fora, no espaço, preparada para gerar um grande mestre, em que viria a este plano um Espírito de plena Luz, que traria a transformação da Humanidade.
As especulações e os variados entendimentos que aquele fato trouxe para todos os setores culturais e sociais, a partir do Século XIV, fez com que, em dezembro de 1854, o então Papa Pio IX instituísse o “Dogma da Imaculada Conceição de Maria” no qual estabeleceu: “Com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original. Essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente criada por todos os fiéis.”
Como, com todo o esclarecimento que o Espiritualismo nos traz, podemos aceitar que haja algum pecado em uma concepção fruto do amor e da compreensão das vidas passadas, do carma e da oportunidade que cada um de nós tem para progredir pela grandeza de uma reencarnação?
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