PRISIONEIRO - DENÚNCIA - PEDRO IZIDIO
Sem data
A denúncia datilografada foi remasterizada a partir da foto da original, o texto foi alterado com correções.
HISTÓRICO
Prisioneiro: PEDRO IZÍDIO – Nº
Procedência: ROMA – Ano 40 A.C.
Denúncia:
O Prisioneiro hoje na roupagem do Grande Centurião GALIANO, pertencente à Guarda Pretoriana de Otávio Augusto, serviu junto a Greso, Anuro e Dorta.
Destacou-se pela força de seu punho e desumanidade de seus atos desonestos.
O jovem GALIANO, apresentava toda a vivacidade de um homem solteiro, de fisionomia rude, cheia de virilidade e máscula beleza. Era de temperamento indomável e irredutível.
E naquela madrugada sangrenta na qual a referida Guarda Pretoriana afastou-se do Imperador Otávio Augusto, também o vibrante GALIANO seguiu o seu próprio roteiro.
Seguindo por aquelas planícies com sua tropa mercenária, GALIANO tomou de assalto um belo castelo e ali se instala confortavelmente. GALIANO enamorou-se de uma jovem que aliava os dotes de rara beleza aos mais elevados tesouros do coração
Como coroamento dos sonhos sagrados da juventude GALIANO e ANARA contraem a união matrimonial. E como fruto daquele amor, foi presenteado por Deus Pai Todo Poderoso com uma bela menina que se chamou de LEIDE. O tempo foi passando, e GALIANO cada dia mais temido e respeitado naquelas redondezas. A bela LEIDE agora em plena exuberância de sua juventude, era inteligente, educada, meiga e carinhosa. Aquela bela jovem era a esperança do velho e tirano GALIANO, pois pretendia que LEIDE desposasse um belo e rico Príncipe de uma província vizinha. E assim o egoísta GALIANO com um genro rico e poderoso tinha suas condições financeiras melhoradas e uma velhice segura.
Deus, porém, não quis assim, e o destino reservado aquela jovem era outro. Aquele Castelo edificado num local estratégico era frequentemente visitado por peregrinos e viajantes.
Certo dia, um destemido mercenário, o Cavaleiro da Lança Vermelha, conhecido pela sua bravura sobrenatural, pediu pousada naquele belo cavalo. E como um passe de mágica, naquele primeiro foi acesa a chama viva do verdadeiro amor. O grande Cavaleiro e a
meiga LEIDE apaixonando-se violentamente. O velho, malvado pai não quis compreender, pois caía água abaixo os seus planos de receber o dote em troca de sua filha. E como pai autoritário que era utilizou todas as suas forças para impedir que aqueles enamorados se encontrassem. Foi então que ANARA, hoje na figura de Maria do Carmo, esposa e governanta dedicada a GALIANO, mandou fazer algemas de ferro e colocou-as em forma de X, nos ombros e nos punhos da Pequena LEIDE, que pacientemente e humildemente deixou-se prender. Ficou recolhida num frio aposento daquele imenso castelo, até que uma criada que padecia ao ver a jovem assim inocentemente castigada, informou ao seu amado, Lança Vermelha da forma de livrá-la daquele cativeiro.
Não perdeu tempo. Raptou sua amada, levando-a ainda algemada para longe, para a Cruz do Caminho, um imenso Albergue que Pytia mandou fazer para socorrer os soldados mercenários em guerra, e peregrinos necessitados do apoio espiritual.
O malvado GALIANO ao ver sua filha foragida revoltou-se acusando a própria esposa de traição. Tudo se transformou naquele castelo. Mandou matar com requintes de perversidade aquela pobre criada que por caridade tinha ajudado a sua filha LEIDE e também todos aqueles que ele supunha tivessem facilitado a sua fuga.
Certo dia, através de um informante conseguiu a localização do Cavaleiro da Lança Vermelha. Maldosamente arquitetou um plano. Mandou um criado seu, avisar ao Lança Vermelha que seus Soldados mercenários estavam todos morrendo numa batalha.
A pequena LEIDE que desconhecia os fatos, continuou presa com as atacas e terminou seus dias ali na Cruz do Caminho sempre a espera de seu grande amor.
Só Deus sabe por onde andam os espíritos vítimas da incompreensão deste homem,
Pedro e Do Carmo todo carinho da mãe em cristo TIA NEIVA.
SALVE DEUS!