Semana santa - Acervo Koatay 108

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Semana santa

               
      Koatay 108 sempre ensinou o respeito às tradições cristãs, especialmente à Semana Santa.
      Para nós, na Doutrina, não existe morte, e nossa visão do Cristo é a do Caminheiro, nos ensinando a Nova Estrada, alegre e misericordioso, e não temos o Jesus maltratado e crucificado.
      Também, não existe uma real fixação da morte do Cristo, como acontece no dia de seu nascimento, no Natal – 25 de dezembro – uma vez que a crucificação ocorreu na Páscoa hebraica, que é uma festa móvel. Assim, foi ligado o calvário à Páscoa, e temos a comemoração variando em vez de ter uma data fixa.
      Mortificação, sofrimentos e lamentações, proporcionando uma terrível vibração por toda parte, tomam conta da humanidade nesta época.
      A isso se soma a grande parcela que só aproveita a parte material, festejando o feriado prolongado com muito álcool e drogas, orgias e total afastamento do propósito religioso da Semana Santa.
      A obrigatoriedade cristã do jejum vai sendo substituída pela de comer peixe, e, através do tempo, muda-se toda a filosofia desse período de meditação e entendimento da fé cristã.
      Em 1982, sob o título “Carne sobra na Semana Santa de peixe muito caro”, o Correio Braziliense publicou uma matéria em que dizia da dificuldade do consumo do peixe na 5ª e na 6ª feira Santas devido ao alto custo do produto. Entre várias opiniões, uma chamou atenção: a do arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Miguel Fenelon, que disse não haveria problema de ser consumida a carne que não fosse de peixe, devido à situação econômica da maioria do povo. E, no mesmo artigo, o jornal colocou a opinião de Tia Neiva:
      O bispo pode dizer isso. Ele é uma autoridade religiosa e tem bastante conhecimento do que fala, embora eu não concorde com esse posicionamento, mantendo ainda o velho hábito da Igreja Católica, de não comer carne durante esse período. E nem deixo o meu povo comer carne. Se o peixe está caro, os religiosos não precisam comê-lo e, com isso, aumentam a abstinência, que deve ser total. Entendo que não existe perigo algum nesse tipo de alimento, mas não devemos desafiar o divino. Se não é para comer, não se coma!…
      No Vale há, somente na Sexta-feira da Paixão, alteração na rotina dos trabalhos. A Estrela Candente e Quadrante funcionam normalmente. No Templo, porém, das 10 às 16 horas, os mestres e ninfas ficam de honra e guarda, buscando permanecer no interior do Templo, emitindo mantras e buscando concentração e meditação. No 1º Intercâmbio, abre-se a Corrente Mestra e o Intercâmbio, fazendo-se a leitura do Evangelho; os faróis se posicionam na Mesa Evangélica, mas esta não é aberta. Caso haja pacientes abre-se uma Linha de Passes.
      Da mesma forma se procede no 2º Intercâmbio, exceto no que se refere a pacientes, porque não se abre a Linha de Passes. Às 16 horas abre-se a Mesa Evangélica e, a seguir, os demais trabalhos para atendimento ao público.
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