Templo
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O templo é um recinto sagrado, e sua criação se deu em tempos bem antigos para abrigar os deuses, sendo um lugar de concentração, de oração e de oferendas.
Quando Jesus desceu à Terra, o povo hebreu possuía grandes templos, sendo o maior o Templo reconstruído por Herodes sobre as ruínas do Templo de Salomão, que havia sido destruído em 587 A.C. Naquela época, o templo era o centro da religião e da política, sendo o culto religioso relegado a um segundo plano.
Vemos, então, no Novo Testamento, como funcionava um templo, a ponto de fazer com que Jesus agisse de forma violenta, conforme relatado por Mateus (XXI, 12 a 14): “E entrando Jesus no Templo de Deus, lançava fora todos os que vendiam e compravam no Templo. E derrubou por terra as mesas dos banqueiros e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Escrito está: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, dela fizestes um covil de ladrões! E chegaram-se a Ele, no templo, cegos e coxos, e Ele os curou.” Essa mesma passagem nos é contada por João (II, 14 a 17): “E achou Jesus no templo a muitos vendedores de bois, ovelhas e pombas, e banqueiros sentados às suas mesas. E tendo feito um como azorrague de cordas, expulsou-os todos para fora do templo, com as ovelhas e os bois, e lançou por terra o dinheiro dos banqueiros e derrubou suas mesas. E aos que vendiam pombas disse: Tirai isso daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negócios!”
Essa ideia de ser o templo a Casa de Deus, estabelecida por Jesus, prevalece através dos tempos, chegando até nós. Muitas linhas e religiões preconizam o pagamento do dízimo para manutenção de seus templos e sacerdotes. Isso não acontece com nossa Doutrina, uma vez que buscamos não envolver assuntos espirituais com dinheiro, e sim acatar o que o Mestre Jesus nos ensinou: dar de graça o que de graça recebemos. O custo de manutenção do Templo – luz, água, limpeza, etc. – é pago por rateio voluntário entre seus componentes, não importando quem dê mais ou quem dê menos, ou mesmo quem nada dê. Não podemos é receber pelo nosso trabalho espiritual, nem sequer um agradecimento! Nada pode ser cobrado pela assistência espiritual.
Um dirigente evangélico escreveu: “Quando alguém se propõe a seguir o Senhor Jesus, tem que andar segundo as normas por Ele estabelecidas. (…) Deus concedeu ao Homem o direito e o privilégio de administrar todos os bens na Terra, porém, com a organização do culto, exigiu a décima parte de todo o trabalho do Homem. Ele fez isso para, dentre outros motivos, O reconhecermos como Senhor de todas as coisas e naturalmente nos considerarmos servos.” Aí são tratadas duas origens: Jesus e Deus, e a que se refere a Deus (porque Jesus, nos quatro Evangelhos, não estabeleceu esse pagamento do dízimo) é baseada em Malaquias, 3.10,11: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vida no campo não será mais estéril, diz o Senhor dos Exércitos.”
Malaquias, em hebraico, significa “meu mensageiro” e é um nome comum que assina um texto possivelmente anônimo, que reflete claramente o espírito e o estilo do Deuteronômio, e que busca reforçar a Lei dos Hebreus em diversos pontos, inclusive quando ao pagamento do dízimo, sem o qual não teríamos a piedade divina. Por isso nós simplesmente seguimos os ensinamentos do Divino e Amado Mestre, que sempre nos alertam para os perigos do envolvimento das coisas espirituais com as coisas materiais. A ideia de um Deus mercenário não faz parte do nosso conhecimento e nunca soubemos que a nossa proteção espiritual deveria ser paga com o dízimo de nossos vencimentos.
Entretanto, a preocupação maior de nossa Doutrina, dentro da visão passada a Francisco de Assis – uma das encarnações de Pai Seta Branca – é a de que o verdadeiro templo é erguido no coração do Homem, através do desenvolvimento e do conhecimento das leis de Deus, do Amor, da Tolerância e da Humildade.
Assim, nosso Templo-Mãe atual, cuja construção foi terminada em 1974, foi erigido de acordo com determinações da Espiritualidade Maior, voltado para a dinâmica da Doutrina, com formas e cores atuantes por suas naturezas vibratórias, não como local de orações ou tranquilidade emocional e espiritual. É uma Casa de Deus, é a Casa de Pai Seta Branca, mas totalmente voltada para o pleno exercício da caridade, na Lei do Auxílio.
As duas fotos acima mostram a entrada principal do Templo do Amanhecer. É uma área com a qual devemos ter muito cuidado, uma vez que ali estão os Guardiões da porta, os Espíritos de Luz que iniciam seu atendimento aos pacientes que chegam obsidiados e seus cobradores querem evitar entrar no Templo, o primeiro socorro a quem chega e uma preparação inicial dos médiuns que chegam para trabalhar. Enquanto temos essa visão no plano material, físico, como encarnados, os espíritos que chegam têm uma visão mais ampla e grandiosa, e são atendidos pelos Mentores do Amanhecer, que, conforme o caso, já os encaminham para os setores de trabalho onde serão ajudados.
Não é um lugar de paz e tranquilidade, mas sim de movimentação de numerosos médiuns que manipulam fantásticas forças desobsessivas e curadoras em benefício das centenas de pacientes que chegam em busca de conforto e esperança.
Nosso Templo é o foco de poderosas forças que se movimentam nos planos espirituais, sob o comando do Simiromba de Deus – Pai Seta Branca – e são projetadas nos diversos trabalhos e Sandays, manipuladas pelos médiuns, e vão beneficiar irmãos encarnados e desencarnados que estão sofrendo suas tristes passagens em suas jornadas na Terra.
Esse poder, essa grandeza manifestada pela presença de abnegados Espíritos de Luz que se fazem presentes nos diversos setores de trabalho, faz com que o Templo do Amanhecer seja verdadeiro foco de Luz por todo este Universo, atravessando o neutrom e se projetando no Infinito como um verdadeiro pronto-socorro espiritual e universal.
De forma elíptica, com sua entrada voltada para o nascente, o Templo do Amanhecer abriga vários locais de trabalho, sem ter nada secreto nem escondido, onde o paciente é recebido e tratado sem nada lhe ser cobrado nem pedido, nem mesmo lhe é perguntado quem é, de onde vem ou o que faz.
Sem distinção de raça, posição social ou nível cultural, médiuns e pacientes se envolvem no turbilhão de forças cuja resultante é a cura desobsessiva.
Temos quadros e representações de entidades, mas eles significam, apenas, a marcação de um ponto de força, da energia daqueles Espíritos de Luz, e sua ilustração nos ajuda na mentalização. É o mesmo efeito de recordações que trazemos nas fotografias de entes queridos. Não fazemos, como alguns nos acusam, adoração de imagens ou quadros.
Tudo é vibração, transformações através da manipulação de forças, agindo através do Sol Interior de cada um, pela emissão maior ou menor de magnético animal ou ectoplasma, emitindo, recebendo, transmutando energia.
O Templo é dividido ao meio por uma linha imaginária, que parte da imagem de Pai Seta Branca e vai terminar atrás do anteparo da entrada. Ao ser aberta na Pira, a Corrente Mestra forma como que um grande pêndulo luminoso, uma trança luminosa de energia, que oscila da Pira até Pai Seta Branca, torna a passar pela Pira e vai até à entrada do Templo, convergindo para a Mesa Evangélica, tendo a forma de um oito.
Além dessa projeção feita na horizontal, linhas de força percorrem o Templo, de cima para baixo – na vertical –, como se fossem colunas de Luz, movimentando-se da esquerda para a direita do salão do Templo, e sendo armazenadas nos diversos locais de trabalho pelos dosséis de tule ou de pano.
A força projetada de Mayante é espargida sobre os pacientes.
Segundo Koatay 108, o Templo é um lugar onde os espíritos estão à vontade, onde tudo é possível. O médium tem que estar alerta e cuidadoso com seu comportamento dentro do Templo, pois um diálogo ou uma brincadeira, qualquer descuido, pode atrair uma força esparsa ou, por afinidade, um espírito que pode seguir o médium. Fazendo muita gesticulação, o médium abre sua guarda e fica com seu plexo exposto. Por isso, devemos ter a maior atenção com nossa conduta doutrinária quando estamos no Templo, porque podemos magoar espíritos, em lugar de ajudá-los.
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