Vingança
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É um sentimento que escraviza um espírito e pode atrasar muito sua evolução, porque se distancia da Nova Estrada, dos ensinamentos de Jesus. É o terrível objetivo perseguido pelos que são vítimas do ressentimento, permanecendo após a morte e levando o espírito a tristes quadros obsessivos que atrasam sua evolução.
A vingança é o instrumento daqueles que ainda estão na velha Lei, na Velha Estrada, tornando-se uma ação punitiva que é aplicada sem se levar em conta a justiça ou a caridade, visando unicamente pagar o mal com o mal.
Tertuliano nos ensinou que “aquele que se vinga dos inimigos fazendo-lhes o bem, vinga-se de maneira divina”.
Temos também um ensinamento do poeta Bacon: “A vingança nos torna iguais ao inimigo, o perdão faz-nos superiores a ele”.
Conforme nos relata Mateus (V, 38 a 45) no trecho do Sermão da Montanha, em que o Divino e Amado Mestre nos diz: “Ouvistes o que foi dito: olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao malvado. Pelo contrário: se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que tenciona citar-te em juízo e tirar-te a tua túnica, deixa-lhe também a capa; e se alguém te obrigar a ir mil passos, anda com ele ainda mais dois. Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que deseja fazer um empréstimo contigo. Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos do Vosso Pai que está nos Céus, O qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir a chuva sobre justos e injustos!”
Muito se fala em aborto e pena de morte, mas poucos analisam estes temas sob a ótica do espírito, prendendo-se a conceitos e preconceitos puramente horizontais, baseados na vingança. Um criminoso, por mais perverso que tenha sido seu crime, tem que ser recuperado – não o seu físico, mas sim seu espírito – porque sabemos que a existência na Terra está marcada por reajustes e ódios que podem se tornar monstruosos se um espírito é fraco e se deixa tomar por outros que irão se banquetear com as baixas vibrações de um ato criminoso: medo, desespero, terror e sangue. Nossa obrigação não é dar fim àquela encarnação, mas sim buscar libertá-la das más influências e tentar a sua recuperação espiritual, dentro de correto sistema penitenciário humano e voltado para a recuperação do indivíduo.
Matar um feto ou um criminoso é um terrível ato de vingança.