Cruz do Caminho - Acervo Koatay 108

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Cruz do Caminho

               
       Quando Lady, a Rainha Exilada, saiu da Grécia, tendo sido poupada sua vida por interferência de Pytia (uma das encarnações de Tia Neiva), como se revive hoje no Turigano, ela foi para um palácio na região do Delta do Nilo, acompanhada por seu marido, o Cavaleiro Reino Central. Ali, se dedicou à cura de todos os necessitados que a procuravam, dando-lhes abrigo, e marcando, na trilha, a entrada para o palácio, com uma cruz. Era a Cruz do Caminho!
       E, para ajudá-la, veio do Egito o grupo de sacerdotisas de Horus.
       Em Delfos, Pytia organizou as primeiras falanges missionárias – Yuricys, Muruaicys e Jaçanãs –, e providenciou para que, na Cruz do Caminho, começassem as Iniciações Dharman Oxinto, que significa A CAMINHO DE DEUS, entregues às sacerdotisas de Horus, que receberam o nome de Missionárias Dharman Oxinto.
       Por isso, na Cruz do Caminho, onde são manipuladas as energias dos Ramsés e do Povo das Águas, as Dharman Oxinto têm lugar de honra e guarda a Mãe Yemanjá.
       Segundo Tia Neiva, a Cruz do Caminho constitui-se no princípio de todos os Sandays, numa revelação do amor incondicional que permite a manipulação de tradicionais espíritos de uma velha dinastia. É algo maravilhoso e sublime, que faz com que daquele Castelo sejam, a cada dia, emitidas mais energia e mais luz! Ele se constitui numa verdadeira estufa de cura. Emite uma potente força giradora, fazendo subir a energia vital e descer a energia extraetérica, com predominância da Lua, mas com a participação do Sol, que chega ao plexo de quem estiver ali trabalhando, fazendo com que o médium possa captar heranças transcendentais. Pela força giradora a energia é emanada pelas vibrações para aqueles que precisam de ajuda, nos lares, nos hospitais, nos asilos, nos presídios e, enfim, onde estiver havendo a necessidade de uma força desobsessiva.
       O Cavaleiro Reino Central, que é o senhor da amacê da Estrela Candente, estruturava a Cruz do Caminho, onde era grande o número de guerreiros e cidadãos comuns, e todos eram espiritualizados e tratados por aquela ciência oculta que ele e sua querida esposa Lady manipulavam, buscando forças em diversos lugares, tais como no Egito e em Delfos, através de elipses e outros portais de forças.
       O Cavaleiro Reino Central se tornou um Grande Iniciado, com imensos poderes.
       Um dia, o casal recebeu a informação de que iriam ter uma nova fase, com a chegada, num futuro próximo, de um jovem par, que iria alterar as coisas na Cruz do Caminho.
       Numa região próxima, uma tropa mercenária estava acampada, sob o comando do Cavaleiro da Lança Vermelha, perto de um reino onde havia uma linda princesa. Ao se encontrarem, o Cavaleiro da Lança Vermelha sentiu que a princesa era sua alma gêmea, e surgiu uma grande paixão entre eles. O rei não concordou com aquele romance, e prendeu a filha no castelo. Fez atacas de ouro e as colocou nos pulsos da princesa, e aquelas atacas eram um pouco diferentes da que são usadas hoje, nesse trabalho, porque possuíam uma extensão que mantinha a princesa permanentemente atada a uma aia ou, para dormir, atada aos pés da cama.
       Angustiado e sentido pelo que faziam com sua amada, o Cavaleiro da Lança Vermelha passou o comando de sua tropa para um capitão de sua confiança, e penetrou no castelo, raptando a princesa, e foram se refugiar na Cruz do Caminho, onde foram recebidos com amor e ternura pelo Cavaleiro Reino Central e sua amada Lady, que sabiam ser a princesa sua filha espiritual.
       Não havia como liberar as atacas da princesa, exceto a extensão, que foi cortada. Mas, mesmo com as atacas, a princesa e o Cavaleiro da Lança Vermelha se dedicaram aos trabalhos da Cruz do Caminho, com amor e ternura, conseguindo grandes realizações.
       Até que, um dia, chegou um componente da tropa do Cavaleiro da Lança Vermelha, pedindo que ele fosse o mais rápido possível socorrer seus companheiros de luta, que estavam passando por grandes necessidades com a falta do comandante. O Cavaleiro da Lança Vermelha partiu rapidamente, mas havia sido uma emboscada preparada pelo rei, pai de sua amada, que com seus guardas o capturou e o executou.
       Mas não chegou qualquer notícia ao Canal Vermelho, onde a princesa estava preocupada com o tempo que já se passava sem qualquer notícia de seu amado. A Espiritualidade bloqueou a verdade, porque, se ela soubesse da morte do Cavaleiro da Lança Vermelha, as suas vibrações o teriam mantido junto a ela. E isso não era do que ele precisava, pois tinha que evoluir em outros planos, portador de imensa força desobsessiva e espírito conquistador, o que o impediam de ficar na Cruz do Caminho.
       E foi o tempo passando, a princesa sempre na dúvida se ele voltaria… O que acontecera? Estava combatendo e se esquecera dela? E continuava seu trabalho, com toda energia e amor, até que, muito mais tarde, chegou o dia em que o Cavaleiro da Lança Vermelha, no plano espiritual, veio recebê-la aqui, e ela partiu, feliz e sem atacas, para a união final e definitiva com seu amor!…
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