Elítrio - Acervo Koatay 108

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Elítrio

               
       Elítrio é um espírito cobrador e obsessor que apresenta a forma de uma cabeça de macaco achatada, com cerca de 10 centímetros, e se localiza em alguma parte do corpo etérico de sua vítima. Irradia tanto ódio que assume a forma acrisolada, identificado como ovóide pelos Kardecistas. É, também, um demônio.
       Com sua vibração de ódio concentrada, age com muita intensidade, iniciando seu trabalho no corpo etérico e, depois, o corpo físico, o que determina doenças graves e, por vezes, fatais.
       Assim como há bandidos do espaço, como os Murussangis, que se localizam nas costas do ser encarnado e sugam suas energias, e os Murumbus, que se transformam em elítrios, há, também, espíritos de elevada evolução que, tomados pelo desejo do que acham ser Justiça, se tornam elítrios para se reajustarem com um ser reencarnado. Assumem uma condição concentrada de ódio, de carga extremamente negativa, que os fazem semelhantes a uma cabeça de macaco, com a consistência de uma espuma de nylon, e se fixam em diferentes partes do corpo físico de suas vítimas.
       Podem ficar séculos nos planos invisíveis, aguardando sua oportunidade de vingança daquele espírito que lhes jogou naquela triste situação e, quando isso lhes é permitido, passam ao plano físico e começam sua influência nefasta.
       Pela Lei de Deus, são colocados no feto antes que o espírito que vai reencarnar seja ligado ao plexo físico, o que acontece no terceiro mês de gestação, por ação da Centelha Divina, energia extra-etérica.
       Provocam doenças de acordo com a situação que gerou a dívida, resistentes aos tratamentos tradicionais da Terra, iniciando-as de forma sutil, como o câncer, cujos sintomas geralmente são descobertos quando o mal já está instalado no organismo físico da vítima.
       Embora centrando a ação em órgãos especializados, nos centros nervosos e medulares, a ação dos elítrios se faz em todo o conjunto orgânico, uma vez que absorve as energias sutis do paciente.
       Nos trabalhos do Templo do Amanhecer, o elítrio tem um tratamento progressivo e diversificado, que busca atenuar a intensidade de sua vibração, diminuindo sua ação e, até mesmo, podendo libertá-lo. Como cada caso tem suas próprias características, ao passar por um Trono, o paciente vítima da ação do elítrio recebe a orientação para ser atendido nos diferentes trabalhos e, se a Entidade verificar que se trata de um caso em que só o trabalho da vítima poderá fazer a libertação, recomenda que o paciente faça o seu desenvolvimento mediúnico, nesta ou em outra doutrina. Faz toda uma limpeza das impregnações e prepara o paciente para passar na Cura.
       No trabalho de Cura o elítrio é envolvido por uma fina camada ectoplasmática, que isola parte da sua intensidade vibracional, e ajuda na recuperação das áreas do plexo físico atingidas por aquelas vibrações.
       A Junção é o trabalho específico para atingir os elítrios, em que são aplicadas as forças dos três Oráculos: no Sanday, o Comandante do trabalho projeta o poder de Simiromba; as duas ninfas Lua manipulam a grandeza de Olorum; e os doutrinadores aplicam os passes sob a projeção de Obatalá, fazendo o encapsulamento do elítrio e, em muitos casos, conseguindo sua libertação.
       Por efeito dos trabalhos pelos quais passa o paciente, o elítrio vai-se modificando pelo alargamento de seus espaços intermoleculares, provocado pela ação do ectoplasma enviado pelos médiuns, e isso causa seu crescimento, determinando sua perda de concentração e o tornando menos sólido, de tal forma que pode chegar à estatura de um ser humano normal, quando, então, se torna tão leve e sutil que perde a capacidade de aderência e é encaminhado aos planos espirituais.
       Os Comandantes da Junção devem ter muito cuidado para só atender àqueles pacientes que tiveram a expressa determinação, nos Tronos, para passar na Junção, pois há caso em que uma encarnação está continuando tão somente para a libertação dos elítrios e, se inadvertidamente, acontecer que aquele paciente passe na Junção e haja o desprendimento de seus elítrios, ele poderá ter um desencarne imediato.
       No aborto pode ocorrer que aqueles elítrios que foram colocados junto ao feto e perdem, dessa forma, a oportunidade de sua evolução, se revoltem e se distribuam pelo corpo daquela que seria a mãe, ou, até mesmo, naquele que seria o responsável direto pelo aborto, tornando-se seus cobradores.
       Todavia, deve-se ter muita atenção com o paciente, pois pode acontecer de ser o espírito libertado de sua forma de elítrio, mas continuar sua cobrança, tendo o paciente que continuar passando nos trabalhos e buscar desenvolver sua mediunidade.
       Um elítrio não se liberta pelo trabalho de Prisão e nem mesmo nos Tronos. Na realidade, o paciente é que deverá, pelo seu amor e consciência, libertar-se, motivo pelo qual é aconselhado a se desenvolver. Pela sua conduta doutrinária, pelo seu trabalho na Lei do Auxílio e, especialmente, aceitando com amor e resignação os efeitos das vibrações de seu cobrador, envolvendo-o em vibrações positivas, agradecendo aos seus Mentores pela oportunidade de poder ajudá-lo, vai a vítima resgatando seu erro do passado e fazendo o apaziguamento daquele espírito que, como sabemos, pode ter um desenvolvimento bem evoluído, e que está se perdendo na vingança.
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