Espiritismo
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O Espiritismo é uma denominação da Doutrina/Ciência codificada por Allan Kardec, reunindo e sistematizando fenômenos mediúnicos, que constituem a Codificação Espírita, com a finalidade de tirar o Homem da ignorância dos problemas que lhe afetam em sua vida, relacionados com seu próprio espírito e pelos outros, encarnados ou desencarnados.
O nome real de Kardec era Leon Hippolyte Denizard Rivail, nascido em Lion, na França, em 1803, tendo desencarnado em 1869. Adotou o nome de Allan Kardec por indicação da espiritualidade, pois assim se chamava numa vida anterior, reencarnado como druida.
Na busca dos esclarecimentos com relação a este Universo, o Espiritismo dá ao Homem condições para o seu aprimoramento espiritual, ensinando-o a viver, de maneira voluntária e consciente, seus reajustes morais em função de sua eternidade. A Doutrina Espírita revela novos e mais aprofundados conceitos a respeito de Deus, do Universo, do Homem, do Espírito e das leis que regem a Vida.
Na nossa Doutrina – que tem bases comuns com o Espiritismo –, a imortalidade do espírito e as leis que nos regem são ensinadas de forma simples e direta, fluindo da sabedoria da Espiritualidade Maior, sendo facilmente compreendidos por nós. Nada é imposto, mas, sim, tudo deve ser aceito no coração após ser filtrado pela mente, de forma voluntária. O Homem é livre para aceitar ou não os esclarecimentos, as sugestões, os alertas e os ensinamentos trazidos pelos espíritos de elevado nível.
Para seus seguidores, o Espiritismo tem três Revelações: Moisés – a Revelação do Sinai, recebendo os Dez Mandamentos Sagrados, estabelecendo os preceitos da Justiça, o Decálogo da Sabedoria para os povos ainda primitivos; Jesus – a Revelação da Manjedoura, sintetizador da Verdade Cósmica, edificando o Código do Amor e da Salvação da Humanidade; e Kardec – a Revelação dos Espíritos, codificando as revelações dos planos espirituais e as estudando à luz da razão.
O Espiritismo e outras correntes espiritualistas trabalham com amor, consciência, justiça e paz. Diferem de outras correntes ligadas ao uso da mediunidade com fins sinistros e malignos, conduzidas por espíritos sem Luz, que utilizam forças de baixas vibrações para o Mal e em prejuízo de outros irmãos.
A Doutrina do Amanhecer é Espiritualista Cristã, e usa, em grande parte de seus trabalhos, a base do Espiritismo, porém sem adotar o sistema de Kardec.
Koatay 108 usou o termo espiritista para designar o médium que tem seu plexo iniciático, tanto o de incorporação como o Doutrinador, trabalhando com a manipulação de energias e forças de elevada freqüência vibratória, desencadeando fenômenos com segurança e consciência, o que os torna diferentes daqueles que executam essas mesmas tarefas nas outras correntes espiritualistas.
O Espiritismo nos revela o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento, abrangendo todas as áreas do conhecimento, das atividades e dos comportamentos humanos, sendo estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional e social.
Utilizamos o termo espírita para designar aquele que professa o Espiritismo, isto é, o seguidor da Doutrina Kardecista, e espiritualista para os que seguem outras linhas de manipulação das forças espirituais.
Na atualidade, sob o ponto de vista da Ciência, encontramos a seguinte descrição do Espiritismo sob o ângulo da Psicanálise, no Dicionário de Psicanálise, de Elizabeth Roudinesco e Michel Plon (Jorge Zahar Editor): Designação de uma doutrina segundo a qual os vivos poderiam comunicar-se com os mortos por intermédio de um médium, denominado espírita. Na psicanálise, o espiritismo e a telepatia são considerados pertinentes ao campo do ocultismo ou do oculto. O espiritismo diz respeito à história da parapsicologia, assim como o ocultismo, a telepatia e o sonambulismo. Contudo, é tênue a fronteira entre o estudo positivista do psiquismo e a tentação faustiana de conquistar o domínio do irracional. O espiritismo foi adotado por inúmeros estudiosos europeus do século XIX, como Frederick Myers, na Inglaterra, Charles Richet, na França, e Théodore Flournoy, na Suíça. Muitos ficaram fascinados, como André Breton e Vitor Hugo, e buscaram nele um meio de atingir aquele outro lado da consciência – o subconsciente ou o eu subliminar – em cujo funcionamento se pensava em termos de automatismo mental ou psicológico. Algumas mulheres foram grandes médiuns de cientista, poetas e romancistas, e muitas se tornaram célebres, como Hélène Preiswerk, prima de Carl Gustav Jung. No plano genealógico, essas mulheres, que faziam mesas girarem ou inventavam línguas desconhecidas (glossolalia), eram as descendentes das videntes, das curandeiras, das feiticeiras ou das profetisas. Como estas, eram dotadas de uma personalidade múltipla e procuravam levar aos homens a arte da adivinhação. Entretanto, com o nascimento do alienismo e da primeira psiquiatria dinâmica no fim do século XVIII, transformaram-se em objetos de estudo da psicopatologia. Depois de terem sido princesas de um reino das trevas ou soberanas de um mundo imaginário, elas se tornaram loucas, histéricas, agitadas ou esquizofrênicas – em suma, doentes mentais. Historicamente, o espiritismo, em sua forma moderna, nasceu por volta de 1840, sobre as ruínas do magnetismo mesmeriano, e permitiu que o hipnotismo se disseminasse numa nova doutrina do conhecimento do inconsciente, do qual emergiria a psicanálise, no alvorecer do século XX.
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