Intuição - Acervo Koatay 108

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Intuição

               
      A intuição designa o modo de um conhecimento imediato, tanto no contato de um acontecimento presente como na penetração de uma realidade existente, e é a plataforma em que nos apoiamos naqueles momentos incertos, sendo um conhecimento instantâneo que pode ser de duas naturezas:
  • sensível ou sensorial, quando se refere à percepção plena de fenômenos materiais; e
  • inteligível ou intelectual, quando o Homem penetra em seu próprio ser, contatando sua individualidade com os espíritos que o acompanham.
      Na Psicologia, foi classificada, por Jung, como Gestalt, o resultado de uma organização interna, espontânea e inata que dá ao Homem uma certa tendência para a origem das coisas e o pressentimento de sua evolução e dos acontecimentos. É uma função que não atua por raciocínio, sendo irracional como a sensação, preenchendo lacunas da percepção sensorial.
      Jesus disse (Mateus, X, 16 a 20): “Eis que eu vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Guardai-vos, porém, dos Homens. Arrastar-vos-ão para os seus tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas, e por minha causa sereis levados à presença dos governadores e dos reis, para lhes servirdes, a eles a aos gentios, de testemunho. Quando vos levarem, não cuideis como ou o que haveis de falar. Porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. Porque não sois vós que haveis de falar, mas o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.”
      Ao mesmo tempo em que advertia os apóstolos para suas missões, o Divino e Amado Mestre esclarecia o que é a intuição, como vista em nossa Doutrina: a ligação, o principal canal por onde fluem as informações diretamente dos planos espirituais para o médium equilibrado. Pela intuição agem os Mentores, os Cavaleiros, as Guias Missionárias, os Ministros, enfim, toda a Espiritualidade, nos momentos precisos e decisivos da vida do médium.
      Na intuição ocorre interferência nem mistificação, porque é uma ligação direta.
      Pela intuição é feita, também, a ligação entre a individualidade e a personalidade. Esta só tem a experiência de uma vida inteiramente condicionada pelo carma. A individualidade tem a experiência de todas as vidas que o espírito viveu, tendo ainda a vantagem de não estar condicionada a um mundo físico. Quando, por sua conduta doutrinária, o Homem se liga à sua individualidade, pelo canal interativo, chegam a ele as mensagens de uma longa experiência, exaustivamente vivida, e o Homem erra muito menos.
      Quando o médium manipula com mais intensidade a força da Terra num baixo padrão vibratório, seu interoceptível fica saturado de ectoplasma pesado e o Homem perde a agilidade mental, a sensibilidade da intuição, ficando cego e surdo, aguçando seus instintos anímicos e reduzindo a condições precárias seus contatos com a individualidade.
      No médium desenvolvido, isso resulta em lapsos agudos de consciência e distúrbios orgânicos. O médium fica inquieto, desarmonizado, tenso, chegando a se revoltar, voltando-se contra os outros, esquecido do que Tia Neiva dizia com frequência: “Em qualquer hipótese, volte-se contra si mesmo!….”
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