Medo
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Quando vivemos com a consciência de estarmos cumprindo nossas metas cármicas iluminados pela Doutrina, caminhando com humildade, amor e tolerância, seguros nos nossos conhecimentos doutrinários e sendo sinceros com relação ao mundo que nos cerca, demonstramos nossa satisfação e confiança, e estamos protegidos do medo.
O medo e a angústia estão entre as principais manifestações da emoção, reunindo o conjunto de perturbações causadas pela presença ou pela sensação de situações em que se arrisca a segurança pessoal ou de um grupo, no presente ou no futuro.
Angústia e medo são gerados pela falta de confiança e de conhecimento, sem causas lógicas ou sem fundamento, e provocam reações instintivas nas pessoas.
Tudo que não entendemos nos causa medo. Ainda no berço, a criança manifesta seu medo, instintivamente, do barulho e de alguma queda. Com o crescimento, desenvolvem-se outras formas de medo no indivíduo.
Situações aflitivas, por conta de passagens cármicas, nos causam angústia.
Só podemos vencer o medo nos transformando em verdadeiros missionários, capazes de conhecer as leis e o mundo que nos cerca, porque a ignorância e a desconfiança são grandes geradores de nossos medos.
Para isso, é preciso caminhar, caminhar sempre, aprendendo tudo o que a vida nos traz, a cada momento, com o coração emanando amor e com a mente emitindo pensamentos positivos, a fim de possamos ter conhecimento + confiança = fé, a equação que nos livra do medo.
Uma situação de medo se reflete no corpo físico, e a Medicina diz que as diversas sensações físicas do medo – sudorese, taquicardia, palidez, sensação de frio em determinadas regiões do corpo, e dores no peito são as principais – são geradas pela descarga de adrenalina pelas glândulas supra-renais, causando constrição periférica dos vasos sanguíneos e o estado de semicontração dos músculos pela alteração dos estímulos nervosos.
Existe uma divisão entre medo e angústia: o medo corresponde a um perigo real, de sofrimento físico; e a angústia é resultante de uma ameaça vibracional, gerada por fatores psicomentais, em que a pessoa teme sanções afetivas ou sociais. Esses sentimentos são, em geral, decorrência de aspectos ligados à educação, principalmente sob uma visão irreal de fatos sociais ou religiosos, provocando sentimentos de culpa e de pecado que pressupõem castigos físicos ou morais, desde a tenra infância.
O medo torna as criaturas agressivas e sem discernimento, envolvendo-as numa aura desequilibrada, levando-as a caírem numa atitude de imobilidade, de mutismo, ou com gestos de proteção, gritos, palidez, tremores, pupilas dilatadas, suores frios, respiração alterada, palpitações cardíacas, secura na boca, choro convulso, e fuga.
O perigo dessa situação de pânico é que o medo nos faz entrar em sintonia com aquilo que tememos, pela própria modificação do nosso padrão vibratório. Com isso, passamos a atrair aquilo que tememos.
O Jaguar não tem o direito de ter medo nem sofrer a angústia, sabendo manter seu equilíbrio, sem se retrair nem agir precipitadamente, porque sabe que por mais sombrio que seja o trecho de sua estrada, a passagem estreita que esteja atravessando, isso se deve a fatores cármicos, transcendentais, que devem ser enfrentados com o trabalho na Lei do Auxílio, com a conduta doutrinária, com o máximo de seus esforços para a prática do Bem.
Se o desconhecimento e a insegurança geram o medo e a angústia, a Doutrina nos ensina como vencê-los, dominá-los em nosso interior, evitando a ruína de nossa missão.
O medo e a vergonha de si mesmo acompanham o espírito desencarnado, que recebe tratamento todo especial nos hospitais do espaço, pois, no momento do desencarne, o maior gerador de medo na humanidade, o Homem enfrenta uma importante passagem para seu espírito. Se tiver uma doutrina crística, terá paz e esperança; se não, dúvidas que alimentam o medo.
O Jaguar aprende a ser prudente, a analisar mais friamente os fatos, evitando o medo que pode levá-lo a se tornar omisso em situações que exijam um pouco mais de ação destemida para não haver pânico nem desastres. Sabe que, apesar da existência de um certo receio, deve agir destemidamente perante perigos físicos e espirituais, dominando seus instintos.
Na verdade, o medo é um preconceito do espírito, que se reflete em todo nosso organismo, e que pode ser dominado pela reflexão, que conduz ao conhecimento. Se deixarmos o medo se agigantar, torna-se pânico, que envolve e desequilibra, causando desastres irreversíveis no nosso íntimo.
Para nossa própria proteção, temos que mentalizar nossos Mentores e nossos Guias quando sentimos o medo se insinuar em nossa mente, o que vai depender do quanto existe de Doutrina dentro de nós.