Ordem Espiritualista Cristã - Acervo Koatay 108

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Ordem Espiritualista Cristã

               
      A entidade denominada OBRAS SOCIAIS DA ORDEM ESPIRITUALISTA CRISTÃ – OSOEC – Vale do Amanhecer – fundada em 15 de abril de 1964, é uma sociedade civil, de natureza beneficente, apolítica e constituída de acordo com as leis vigentes no País e revelações doutrinárias emanadas da Clarividente Neiva Chaves Zelaya, tendo por finalidade a prática e desenvolvimento do mediunismo e prestação de assistência social, tudo sob a égide do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
      Reconhece o plano espiritual como razão das causas e, em consequência, admite a existência de diversos mundos espirituais em suas múltiplas formas na evolução cósmica: a essência elemental (energia condensada) e a quintessência.
      No dia 8 de novembro de 1959, na União Espiritualista Seta Branca – UESB, coordenados por Tia Neiva, um grupo de médiuns buscou aplicar os princípios evangélicos de Jesus, sob o trinômio Humildade, Tolerância e Amor na prática do mediunismo puro e científico através do socorro aos necessitados, estabelecendo um pronto-socorro universal, trabalhando e sendo atendidas pessoas independentemente de idade, sexo, cor, raça e condições sociais.
      Inicialmente instalados na Serra do Ouro (Km 64 da BR-060, Alexânia, GO) a Ordem Espiritualista Seta Branca teve intensa atuação, sendo sido revelados os princípios da Corrente Indiana do Espaço, que deram origem ao transcendentalismo da entidade.
      Em 1964 a Ordem se mudou para Taguatinga, onde, em modestos barracões de madeira, o socorro espiritual e o desenvolvimento mediúnico continuaram.
      Em novembro de 1969, Tia Neiva transferiu a célula de Taguatinga para a zona rural de Planaltina, numa área às margens do ribeirão Pipiripau, no Km 26 da rodovia DF-130, marcada pelos Pretos Velhos quando ainda escravos da fazenda que existiu na região.
      Foi fundada, então, a OSOEC, revelando à humanidade a mais dinâmica forma para desenvolvimento mediúnico e doutrinário através da criação, por Tia Neiva, do Apará e do Doutrinador, elementos catalisadores das energias transcendentais para o equilíbrio das ações e reações.
      Em 1973 foram feitas as primeiras Iniciações Dharman Oxinto.
      Trabalhando em um Templo pequeno, de madeira, os mestres Jaguares dedicados conseguiram erguer um Templo de pedra, que foi inaugurado em 1974.
      Em 1975 se deu a primeira Elevação de Espadas.
      Como se trata de uma Corrente Universal, a Doutrina do Amanhecer se expandiu para outros locais do território nacional, onde foram criados Templos Externos, atualmente denominados Templos do Amanhecer, coordenados por um dos três Presidentes da Ordem – o Trino Ajarã, Mestre Gilberto Chaves Zelaya, filho de Tia Neiva, o Primeiro Doutrinador da Corrente.
      A OSOEC tem como fundamentos básicos a expansão e a consolidação da fraternidade entre os Homens e a divulgação e observância do Espiritualismo Universal, através do aprimoramento mediúnico e da assistência social, realizando trabalhos de estudos, doutrina e práticas mediúnicas na formação de Doutrinadores e Aparás, militando no campo das obsessões, tudo em plena harmonia com os ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
      O tratamento de doenças obsessivas é feito pela prática mediúnica e orientação doutrinária, sem qualquer contato físico com os pacientes, sendo proibidas as prescrições de receitas, medicamentos e cirurgias ou operações.
      Durante a existência entre nós de nossa querida Mãe Koatay 108, Tia Neiva, o Vale do Amanhecer teve grande cobertura da imprensa jornalística, através de publicações e televisão. A seguir, a reprodução de matéria que foi publicada na revista semanal MANCHETE, à época de grande circulação nacional e internacional, na edição de 16 de maio de 1981, sobre as diversas faces religiosas de Brasília:

      Em sua constituição, a OSOEC contava com o Conselho de Trinos, tendo como membros os Trinos Presidentes Triada, e o Colégio de Trinos, do qual participavam, além dos Presidentes Triada, os Trinos Herdeiros. Com o desencarne do Tumuchy e do Araken, o Conselho de Trinos foi extinto, passando todas as atividades de administração da Doutrina ao Colégio de Trinos, em 2005.
      Em 14 de fevereiro de 2006, em reunião dos Trinos Triada e dos Trinos Herdeiros com os Arcanos Veteranos, foi aprovada por aclamação a constituição de um novo Conselho de Trinos, composto pelos Trinos Presidentes Triada Sumanã e Ajarã, e pelo Trino Herdeiro Ypuarã. O Mestre Michael Hanna, Trino Sumanã, resistiu à decisão, não aceitando a autoridade do Conselho para a condução da Doutrina, provocando a reação do Trino Ypoarã, Mestre Raul Zelaya, Presidente da Ordem, que passou a administrar os diversos segmentos dos trabalhos doutrinários através de portarias.
      Com a desarmonia gerada pela interferência e modificações na maioria dos setores de trabalho, houve uma série de desentendimentos do Trino Sumanã com os Trinos Herdeiros e com os Adjuntos de Povo, situação que culminou com a renúncia do Mestre Michael na direção da Doutrina, por ele anunciada perante Pai Seta Branca e grande parte do mestrado, na Unificação de abril de 2006.
      Em reunião dos Trinos Ajarã, Mestre Gilberto Zelaya, e Ypoarã, Mestre Raul Zelaya, com os Adjuntos de Povo, em 19 de maio de 2006, ficou acertado que, com a renúncia do Trino Sumanã, o Trino Ajarã assumiria o comando da Doutrina.
      Ainda em 2006, após numerosas reuniões que em nada resultaram doutrinariamente, o Trino Sumanã, que vinha insistindo em retornar ao poder solitário da Doutrina, e o Trino Ajarã, que desejava manter a sua área de ação apenas nos Templos do Amanhecer, deixaram a direção do Vale sob a responsabilidade exclusiva do Trino Ypoarã, Mestre Raul Zelaya.
      Em 19 de março de 2009 foi realizada uma assembleia para aprovação do novo estatuto da ordem, dando origem a novas confusões e descontentamentos que culminaram com divisões em grupos antagônicos, resultando no boicote à consagração do 1º de Maio por parte de muitos médiuns, fato que repercutiu fora do Vale, como mostra esta reportagem no Correio Braziliense de 01/05/2009, que buscou retratar o que estava acontecendo, limitando-se a ouvir as partes e sem nada concluir:
      Hoje, a comunidade do Vale do Amanhecer, em Planaltina, comemora o Dia do Doutrinador em pé de guerra. Os seguidores da doutrina brigam pela liderança da seita e o racha deve afastar fiéis e admiradores das comemorações que há 40 anos levam milhares de pessoas ao local. Parte dos médiuns acusa um dos filhos de Tia Neiva, Raul Zelaya, de desvirtuar a crença e querer comandar a doutrina por interesses financeiros. Eles dizem que nem vão participar das celebrações de hoje. A outra metade apoia o médium e diz que as acusações contra ele fazem parte de um jogo de vaidades. Ano passado, 8 mil pessoas participaram dos festejos, pouco mais de um terço dos presentes cinco anos antes, quando 22 mil pessoas estiveram no Vale do Amanhecer em 1º de maio.
      Apesar da queda no número de seguidores, quem vive na comunidade tenta resistir. Mas os desentendimentos entre os grupos é visto como uma ameaça à doutrina. O conflito dura mais de quatro anos e se acirrou há um mês, quando, em uma reunião tensa, Raul aprovou um novo estatuto para o Vale do Amanhecer. Além das acusações de ambos os lados, a briga inclui uma disputa judicial. A ação, movida pelos opositores do filho de Tia Neiva, corre no Fórum de Planaltina, mas ainda não houve nenhuma decisão, nem em caráter de liminar. No processo, a comunidade tenta anular o estatuto aprovado no meio da polêmica.
      Tia Neiva foi a médium que fundou a doutrina, em 1959. Antes de morrer, em 1985, ela elegeu quatro homens para sucedê-la (chamados de trinos): Mário Sassi, seu companheiro; Nestor Sabatovich; Michel Hanna e Gilberto Zelaya, o filho mais velho. Raul Zelaya era um dos responsáveis pela administração da doutrina, mas acabou subindo na hierarquia depois que Nestor morreu, em 2004. “Isso está previsto no estatuto. O Mário já tinha morrido e não poderiam ficar apenas dois trinos”, justifica ele. Segundo Raul, o conselho de trinos o nomeou diretor-presidente da doutrina em 1986. “Minha mãe era presidente. Com a morte dela, o Gilberto assumiu por um ano e depois passou para mim”, conta.

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