Orgulho - Acervo Koatay 108

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Orgulho

               
      O orgulho é o sentimento daquele que tem um conceito muito elevado, até mesmo exagerado, de si próprio, o que o faz vaidoso, com demasiado amor-próprio, com soberba.
      Em Lucas (XIV, 7 a 11) encontramos a parábola dos Primeiros Lugares: “Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes Jesus esta parábola: Quando fores por alguém convidado para uma cerimônia, não te sentes no primeiro lugar, para não suceder que seja por ele convidada uma pessoa mais considerada do que tu e, vindo o que convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este! E irás, então, envergonhado, ocupar o último lugar. Pelo contrário, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, senta-te mais para cima! Então, isso será para ti uma honra diante de todos os demais convivas. Pois todo o que se exalta, será humilhado; mas todo aquele que se humilha, será exaltado!”
      Ainda em Lucas (XVIII, 9-14) podemos aprender: “Subiram dois homens ao templo para orar: um fariseu e outro publicano. O fariseu, posto em pé, orava dentro de si desta forma: ‘Ó, Deus, graças te dou, que não sou como os demais homens, que são ladrões, injustos, adúlteros – nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. O publicano, porém, estando a alguma distância, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:’Ó, Deus, sê propício a mim, pecador!’ Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta, será humilhado; mas, o que se humilha, será exaltado.”
      Jesus quis mostrar que o fariseu, orgulhoso de sua doutrina, de sua vida e de seus atos, se apresentou a Deus falando de suas boas qualidades e desprezando o publicano, que ali estava, com humildade, pedindo a Deus perdão por suas faltas. O Divino e Amado Mestre, em várias passagens evangélicas, condenou o orgulho dos homens, que vivem reconhecendo em si somente boas qualidades e condenam seus irmãos pecadores.
      Para o médium de nossa Corrente, o orgulho é um terrível precipício. É quando o médium se acha dono da verdade, quando pensa que é muito bom porque seus Mentores são melhores do que os outros, é quando se acha muito importante ou muito forte, tendo esquecido que sua força só existe em função de seus Mentores e que seu aprendizado nunca se completa, pois somos Mestres ensinando Mestres, Mestres aprendendo com Mestres.
      O orgulho gera a rigidez do corpo e da mente, causando paralisias e reumatismo, no físico, bem como vaidade, arrogância e rigidez moral, fazendo o indivíduo derrubar uma das três colunas do seu templo interior – a humildade.
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