Polaridade - Acervo Koatay 108

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Polaridade

               
      A polaridade indica a diferença de potencial energético entre dois pontos. Há sempre necessidade desses dois pontos – pólos – para ser gerada uma força, que é o movimento da energia que acontece, provocada pela diferença entre os dois pólos.
      Na Terra, intensos movimentos magnéticos ocorrem entre o Polo Norte e o Polo Sul, agindo sobre inúmeras atividades do planeta.
      A ideia de positivo e negativo é simplesmente para indicar o que tem maior força de uma natureza e o que tem menor. Nada existe de pejorativo quando, na nossa Doutrina, aprendemos que o Homem é polo positivo e a Mulher é polo negativo, tanto faz que sejam Doutrinadores ou Aparás, pois, com isso, estamos entendendo que o Mestre tem maior carga magnética animal e a Ninfa a tem em menor quantidade, com um plexo mais suave e terno, mais harmonizado com os planos superiores, com o amor e a sensibilidade, enquanto o Homem é mais racional e violento, mais submisso às forças da Terra.
      Por isso não deve a Ninfa Lua trabalhar com uma Ninfa Sol, embora possam trabalhar dois mestres – um Sol e um Ajanã, pois estes constituem uma dupla de pólos positivos, isto é, mais fortes e resistentes aos impactos de poderosas forças que podem atuar durante um trabalho, o que seria desastroso caso agissem sobre os plexos de duas ninfas, com plexos mais sensíveis. Nesses casos, além dessa polaridade, temos a questão do verbo, a força da emissão ectoplasmática, pela qual é exigido um valor mínimo de 7. As pessoas comuns têm um valor 1, a ninfa Lua tem 2, a Sol tem 3, o Ajanã tem 4 e 5 e os Doutrinadores têm 6 e 7. Assim, uma ninfa Sol e uma Lua somam, apenas 5, insuficiente para um trabalho, e por isso não devem tentar faze-lo.
      Na China antiga existiu um sábio – Fu-Hi – que estabeleceu diversas teorias que muito influenciaram as linhas orientais. Ele observou a alternância do dia e da noite, do frio e do calor, da luz e da escuridão, concluindo que toda força chega ao ápice e então se transforma numa força igual e contrária. Assim, o bem traria em si o mal. Fu-Hi listou grande número de oposições de forças em duas categorias e disse que, ao nascer, o Homem teria dois tipos de energia, divididas entre as partes frias e quentes do seu corpo: Yin e Yang, formando o símbolo Taiji. Ao se tornar adulto, a energia quente – Yang – já se concentra na parte superior do corpo, envolvendo as partes vitais: o cérebro, os pulmões, o coração e o fígado; a energia fria – Yin – já se localizou no baixo abdômen, nos genitais e nas pernas. Para existir a polaridade, observam-se os opostos: Yang – o que está em movimento, a energia masculina, luminosa, solar, ativa, resistente, dotada de claridade, calor, plenitude, positividade, ascendente e ativa, como o fogo – contrapondo-se a Yin – que está em repouso, com as características femininas, da água, fria, profunda, obscura, receptiva e passiva, flexibilidade, passividade, doçura, fragilidade, vazia e negativa. O equilíbrio se efetua quando se dá a ambos os tipos de energia o desempenho adequado, que permite o aflorar da consciência, pela qual o ser humano equilibra a vida.
A transformação rítmica e manifestação alternada dessas duas linhas marcariam a nossa vida:
  • Yang x Yin; Sol x Lua;
  • Céu x Terra; Dia x Noite;
  • Calor x Frio; Rígido x Flexível;
  • Rápido x Lento;Exterior x Interior;
  • Cheio x Vazio;Subida x Descida;
  • Superficial x Profundo; Movimento x Repouso;
  • Centrífugo x Centrípeto;Expansão x Contração;
  • Leve x Pesado; Masculino x Feminino;
  • Animal x Vegetal; Criativo x Receptivo;
  • Insônia x Sonolência; Otimismo x Pessimismo;
  • Alegria x Tristeza; Coragem x Medo;
  • Circulação Arterial x Circulação Venosa; Dorso x Ventre;
  • Espasmo x Flacidez; Atividade Mental x Estrutura Material;
  • Sistema nervoso simpático x Sist. Nerv. parassimpático;
  • Processos agudos x Processos crônicos; etc.
      Existe, ainda, uma escala de vibrações superiores e inferiores, que influenciam nosso padrão vibratório por sua polaridade, gerando situações que podem envolver nosso plano mental de forma construtiva ou destrutiva.
      Hermes Trimegisto estabeleceu a Lei da Polaridade: Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tem o seu oposto, seu par contrário, o igual e o diferente são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, só diferem em grau, os extremos se tocam, todas as verdades são meias-verdades, todos os paradoxos podem ser reconciliados. O bem e o ma, o frio e o calor, a inteligência e a ignorância, tudo é igual. É só uma questão de graus a mais ou a menos. Tudo existe e não existe ao mesmo tempo, há dois lados de tudo, todo verso tem o seu reverso, bem e mal são a mesma coisa, apenas um é menos mal e o outro é menos bem. O baixo não passa de menos alto, basta dizer que uma pessoa de determinada raça é mais baixa e outras, de outras raças, têm média mais alta.
      A polaridade se mantém em uma permanente intermutação, fazendo com que nada seja completa ou definitivamente Yang ou Yin, obedecendo ao princípio – Tao – de conflito, harmonia e complementaridade dessas duas forças.
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