Separação
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Como sempre podemos ver – e sentir – toda separação é traumática, seja de um casal, com a consequente dissolução da família, ou de duas pessoas que concluem não ser mais possível ter uma convivência tranquila, ou pelo distanciamento físico e emocional ou pelo desencarne.
Geralmente, buscamos a perfeição em outra pessoa, criando uma imagem ideal que se distancia da realidade, uma vez que somos todos humanos e, por conseguinte, temos nossos defeitos e limitações que precisam ser clara e humildemente reconhecidos, não só por nós mesmos como por aqueles que conosco convivem. Uma grande parte das separações se deve a essa fantasia que é feita em relação àqueles que se tornam objeto de uma utopia, por nossa parte, e não suportamos a visão realista daquelas personalidades e individualidades.
Tolerância, humildade e, sobretudo, amor – são as bases sólidas para qualquer convivência e, especialmente, para a evolução de um espírito.
O importante é compreendermos que, como não somos perfeitos, não devemos procurar a perfeição ao nosso redor, exercendo nossa humildade e nossa tolerância.
Quantas vezes fazemos uma imagem ideal de uma pessoa e a projetamos em alguém, principalmente pela força de uma paixão, e deixamos de ver o lado real daquela pessoa, até que, por algum motivo, somos obrigados a reconhecer a realidade que, de modo geral, nos leva à separação, muitas vezes nos privando dos fatores básicos para a evolução de nosso espírito.
Existem encontros de almas afins e almas gêmeas, cujas características são bem diferentes, pois a união das almas afins se faz pelo coração, cujos sentimentos e sensibilidade são mais apurados se vividos numa paixão, enquanto as almas gêmeas se unem pelo espírito, pela alma, reconhecendo, cada uma, a beleza essencial da outra, compartilhando as sensações e sentimentos, reforçando os seus potenciais energéticos, gerando uma perfeita integração entre duas pessoas.
Uma ligação de almas afins é, no nosso plano físico, mais fácil de entender, porquanto é uma forma de amor consciente, quando gostamos de alguém sabendo aceitar as limitações e os defeitos, sem fantasias, avaliando bem todos os seus potenciais. São, na maioria dos casos, uniões duradouras e, quando desfeitas, não provocam grandes traumas ou desastres, pois ambos entendem que foi chegada a hora da separação, tendo plena consciência dos motivos que os levaram a esse desfecho. Após a separação, cada um segue sua jornada, sem ódios ou rancores do outro, podendo, inclusive, manter relações de amizade.
E as ligações de almas afins ou por expiações cármicas são as que mais provocam as separações. As separações por motivos cármicos são marcadas por explosões de sentimentos, que muitas vezes incluem palavras ásperas, acusações mútuas, conflitos e até mesmo agressões físicas. É a energia da transformação, porquanto ali se desfaz uma cobrança, e cada um vai para seu lado, muitas vezes ainda irritado, bufando, mas sentindo grande alívio. Foi uma libertação, foi mais um degrau evolutivo.
A separação pelo afastamento físico, alguém que parte para distante, pode ser minimizado pela vibração gerada pela saudade, que propicia a ligação mental e, em muitos casos, o desdobramento que permite um contato à distância.
Já com o desencarne, a separação é mais dolorosa, mas o Jaguar sabe que mais forte que a dor da separação é a certeza do reencontro.
Temos, pelo nosso conhecimento, a consciência de que passamos pelas dores, que são instrumentos de nossa evolução, mas não nos deixamos abater e nem nos entregamos ao sofrimento.
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