Sentimentos - Acervo Koatay 108

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Sentimentos

               
     Sentimento é nossa capacidade de sentir, nossa sensibilidade para percepção de fatos morais, intelectuais e espirituais, tais como amor, entusiasmo, rejeições, mágoa, ódio, tristeza, pesar, alegria, etc., enfim, desde as pequenas sensações às mais elevadas manifestações do espírito. Historicamente, o sentimento se liga ao coração, como a razão se liga à mente. É o grande mantenedor das virtudes e o impulso para as boas ações, exprimindo todos os afetos puros e as gratidões eternas.
      Como uma forma de emoção prolongada, o sentimento depende do momento, do estado da alma, mas se baseia no temperamento e nas tendências do indivíduo, agindo como fator regulador de suas reações e indutor das emoções, porque penetra todo o ser e condiciona as ações e reações do Homem.
      Um acidente, um gesto, um acontecimento qualquer, até mesmo fenômenos naturais como tempestades, o nascer do Sol, uma Lua cheia, provocam sentimentos, variáveis de indivíduo para indivíduo, que vão sendo de maior grau receptivo conforme o desenvolvimento da mediunidade. Mestre ou ninfa, as grandes emoções são sentidas pela vibração do sentimento.
      Notadamente o Apará desenvolvido tem seus sentimentos elevados a condições de extrema sensibilidade, o que exige muitos cuidados com seus relacionamentos, pois seus sentimentos sentem, compreendem e absorvem muito além do que vêem e ouvem.
      Um conflito para o qual o Homem deve estar sempre atento é o que acontece entre o sentimento e a razão, isto é, a decisão que terá que tomar entre o que ele deseja fazer e o que deve ser feito, uma questão que, normalmente, em maior ou menor importância, surge quase que diariamente em sua jornada, com consequências profundas em seu carma.
Vivemos, desde a gestação, sujeitos a estímulos que agem sobre nossos sentimentos. Temos, como principais fatores:
  • a negação – por não aceitar as condições em que vivemos, no lar ou na sociedade;
  • a culpa – por querer transferir a alguém a responsabilidade por ações que cometemos ou por nossas palavras;
  • o controle – por impor restrições e limitações aos outros, querendo que ajam conforme nossos desejos;
  • o perfeccionismo – a tentativa de ser perfeito em tudo o que faz e fala, para sobressair e alimentar sua vaidade pelos elogios dos outros;
  • o medo – gerado pela insegurança do que faz, do que fala, do que aparenta ser, do aspecto físico e do controle de seus instintos e de sua sombra.
  • Temos que nos guiar mais por nossa sensibilidade do que por nossas sensações. A sensibilidade é do espírito, enquanto ao corpo, ao instinto, pertencem as sensações.
      Quando, no Sermão da Montanha, Jesus disse: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mateus, V, 8), referia-se àqueles que têm bons sentimentos, com o coração limpo, isto é, conseguem, pela meditação e auto-análise, ter o controle de suas ações, palavras e pensamentos, evitando o mal e sempre vibrando de forma positiva, com amor e humildade, buscando, permanentemente, aperfeiçoar seus conhecimentos. É aquele que resiste às tentações das Trevas, e se preocupa em ser caridoso, paciente, em saber aplicar, em todos os momentos de sua vida, o amor, a tolerância e a humildade, ligando-se mais ao mundo espiritual do que ao mundo material.
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