Trabalhos - Acervo Koatay 108

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Trabalhos

               
      O principal fator de nossa missão, de usar nossa mediunidade, é o trabalho na Lei do Auxílio, atendendo aos irmãos encarnados e desencarnados, com amor, tolerância e humildade, para aliviar seus males e lhes trazer paz e harmonia.
      Segundo Mateus (XVIII, 18 a 20), Jesus nos tranquilizou e nos deu confiança para trabalhar quando disse: “Digo-vos ainda que se dois de vós na Terra se unirem entre si, seja qual for a coisa que eles pedirem, meu Pai, que está nos Céus, lhes dará; porque onde se acham dois ou três congregados em meu nome, aí estou Eu no meio deles.”
      Na Doutrina do Amanhecer todos os trabalhos se realizam em dois planos – o físico e o espiritual, sendo de grande benefício para quem deles participa, não só pelo alívio de seu próprio carma como pela obtenção dos preciosos bônus-horas, que serão de grande utilidade após o desencarne.
      Existem pessoas que se dedicam intensamente aos trabalhos no Templo, desprezando relações familiares e vínculos afetivos, prejudicando, até mesmo, suas atividades materiais. Na verdade, não estão assim agindo por amor à Doutrina, mas, sim, fugindo de suas responsabilidades com o lar e com aqueles que lhe foram confiados. Por se sentir ressentido com algum aspecto de sua vida, o médium se refugia no trabalho espiritual, onde se retira da vida comum e busca abrigar-se contra os acontecimentos de sua própria vida, dos desacertos de seus amores e de suas atividades. O Templo passa a ser apenas um refúgio.
      Outros, modestos em sua vida particular, enfrentando problemas de convivência com seus familiares e seus vizinhos, transformam o Templo em uma espécie de clube social, onde vão, nos fins de semana, em busca de diversão e encontros com pessoas de melhor nível. O trabalho pode ou não acontecer, dependendo de sua sintonia com seus Mentores e Guias. Na verdade, eles querem apenas preencher essa lacuna em suas vidas.
      Temos, também, principalmente com os Doutrinadores, situações em que o médium só vai trabalhar se estiver escalado para algum comando, tornando-se um fantoche do Vale das Sobras pela sua vaidade.
      E encontramos, finalmente, um grande número de mestres e ninfas que se dedicam ao trabalho seriamente, conscientes de suas missões e responsabilidades consigo próprio e com sua conduta doutrinária, sabendo que a Doutrina não é a nossa vida, mas, sim, uma parcela importante que devemos equilibrar com nossa vida material.
      De qualquer forma, em qualquer desses casos, a Espiritualidade nada despreza, e busca ajudar a cada um de acordo com o merecimento obtido por suas palavras, ações e pensamentos.
      Tia Neiva chegou a instituir um bloco de registro para que os mestres e ninfas pudessem marcar os trabalhos realizados, mas a medida não prosperou.
      Embora trabalhemos em conjunto, principalmente no Templo, nas Estrelas e no Turigano, onde devemos nos submeter a regras de comportamento que visam harmonizar os diversos mestres participantes para a perfeita execução dos trabalhos, dos Sandays e dos rituais, deve haver a certeza de que não existe rotina, não existem dois trabalhos iguais, sendo cada um, na verdade, um trabalho especial, pois é único em seus componentes ritualísticos e em seu potencial de forças, e jamais se repetirá.
      Quando conscientes, realizamos apenas parte de um trabalho grandioso que se projeta até planos inconcebíveis do Universo se realizado com amor, com harmonia e com vontade de ajudar.
      Após nossa Iniciação, nosso trabalho é incessante, pois não trabalhamos apenas quando acordados: quando dormimos, nosso espírito se desloca a outros planos para complementar nossos trabalhos ou realizar novos, pois nosso plexo iniciático a isso nos permite. E é esse plexo iniciático que nos leva a trabalhar sempre na Lei do Auxílio, se nos conduzirmos dentro da conduta doutrinária, em todos os momentos de nossa vida, ajudando aos nossos irmãos, desencarnados e encarnados, por nossos pensamentos, palavras e ações.
      Em aula de 21-12-1980, Tia Neiva nos instruiu: “Venham, venham!… Não venham pensando na sua casa, no seu caminho, na sua esposa, no seu filho, porque eles todos estarão protegidos pelo nosso Pai Seta Branca! Venham pensando nos outros. Sei que quando estamos pensando nos outros, nossos Mentores estão pensando na gente!… A Lei do Auxílio nos obriga a cuidar dos outros…”
TRABALHOS INCIÁTICOS E/OU EVANGÉLICOS
      O trabalho iniciático é o regido por uma Estrela, projetada em um Sanday, ou que exige uma contagem exata, sendo conduzido por Centuriões, acionado pelo entrelaçamento de forças projetadas pelas emissões e pelos cantos, gerando uma ligação harmoniosa e intensa com os planos superiores, sempre obedecendo à Lei e aos horários previstos, como, por exemplo, a Estrela Candente. É denominado evangélico o trabalho que pode ser executado com qualquer número de médiuns, independentemente de horários fixos para sua realização, deles participando médiuns somente emplacados, como uma Mesa Evangélica, Tronos, e um Abata, que variam seus componentes e horários. Alguns trabalhos, como Cura, Junção e Indução, são iniciáticos/evangélicos, sendo iniciático o trabalho nos Sandays e evangélico o dos médiuns que participam fora dos Sandays.
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