Vida - Acervo Koatay 108

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Vida

               
 Temos dois conceitos da vida: a vida terrena e a vida eterna.
  A vida terrena é o estado de vibração sutil que envolve cada ser, nos três reinos da Natureza, e emite seu fluido magnético. Em nosso planeta, não existe nenhum ser que não tenha vida, desde as formas mais simples até as mais complexas, como o Homem, que por ter seus plexos desenvolvidos, com base numa estrutura das mais complexas, consegue se integrar com as forças cósmicas e realizar fenômenos de diferentes naturezas, além de exercer sua individualidade com maior intensidade, a maior dentre os seres da Terra.
  A origem da vida terrena se perde no tempo, e nem filósofos e cientistas conseguem obter a resposta plausível para o início do Universo, da Terra e da vida.
  Embora a Ciência designe a vida como a qualidade que confere ao conjunto de animais, plantas e microorganismos a propriedade de serem sistemas abertos, isotérmicos, altamente formados e funcionalmente estruturados, autoreguladores e autoperpetuantes, encontramos a antiga ideia de que a vida é vibração, originada pela interação de átomos e, portanto, presente em todo o Universo, fruto da combinação físico-química dos elementos. A vida seria, assim, simplesmente a força vital.
  Muitas vezes Tia Neiva falou em vida material, porém nos advertia de que não se referia à vida financeira e social, mas sim àquela determinada pelo nosso centro nervoso, às nossas enfermidades e às coisas da Terra.
  Temos, abaixo, duas figuras representativas da ÁRVORE DA VIDA: a da Ciência, à esquerda, cuida da vida em relação à sabedoria e ao progresso científico, enquanto a da direita é a representação da caminhada do Homem sob os preceitos do Bem e do Mal, conhecida das antigas civilizações orientais.
  Para nós, o verdadeiro significado da vida é o Dharman Oxinto – o Caminho para Deus. A vida terrena é o aperfeiçoamento do nosso espírito, é a oportunidade de evolução que temos para subir, degrau por degrau, através dos três reinos da Natureza, a longa escada que nos conduz a Deus, fazendo o bem, evitando que o mal prospere, aperfeiçoar a tolerância, superar o egoísmo, alimentar a esperança, ampliar nosso padrão vibratório, dominar vícios e desenvolver nossa capacidade mediúnica. “Quem não estima a vida não a merece” - Leonardo Da Vinci.
  Em João (XIV, 5 e 6), temos: “Disse-Lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais e como podemos nós saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai ao Pai senão por Mim!”
  É a vida, pois, o caminho da evolução vibratória, tendo seu ponto máximo, na Terra, pelo plexo do Homem e por seu conteúdo espiritual cada vez mais grandioso. O corpo recebe a alma não em caráter punitivo, mas sim para evolução do espírito.
  Recebemos, em cada passagem na vida neste plano, tudo o que precisamos para a nossa jornada. Só que é como uma construção, em que recebemos o material mas a obra e suas formas ficarão a cargo de nossos espíritos, de nossas consciências.
  E a vida não se limita à passagem pela Terra. Ela é eterna, pois é a ação do espírito. Em nossa Doutrina, aprendemos a conhecer a vida na Terra e a vida fora da matéria. O Jaguar sabe manipular as rédeas da Vida e as rédeas da Morte!
  Temos uma existência, na Terra, por nossa reencarnação, que está limitada entre o nascimento e o desencarne ou morte. Este é apenas um capítulo a mais em nossa vida, mais uma oportunidade das muitas que nos foram dadas para evoluirmos através das muitas existências neste plano, e devemos respeitá-la, especialmente nos casos de pessoas, de seres humanos, que têm o direito básico à vida terrena, sem qualquer tipo de discriminação: aborto, pena de morte, eutanásia, falta de assistência à saúde, suicídio, etc.
  Muitos afirmam que a vida terrena é apenas sofrimento e a morte é o momento final e definitivo para a alma. Na Doutrina do Amanhecer, entendemos que o sofrimento é para aqueles que não seguem os caminhos de Jesus, do amor, da tolerância e da humildade, que se desenvolvem mediunicamente, dedicando-se à Lei do Auxílio, minorando, assim, o seu caminho cármico. Para nós, a finalidade da vida é o aperfeiçoamento do espírito, e cada um terá que prestar contas do que fez ou por quem fez para reparar suas faltas e se acertar com seus cobradores transcendentais. Temos que trilhar a Estrada da Luz, que é o caminho da evolução espiritual, mas é difícil, estreita e exige amor e misericórdia, o que faz com que muitos a desconheçam, preferindo a Estrada das Trevas, larga e agradável, pontuada por satisfações instintivas e alegrias superficiais, instigada por sentimentos de ódio, inveja, ciúme, orgulho e luxúria, que conduzem realmente à Morte!
  Segundo Mateus (VII, 13 e 14), Jesus disse: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçosa é a entrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta e apertada a estrada que conduz à Vida e poucos são os que acertam com ela!”
  O mais importante, na vida, não é o sucesso e, sim, a luta, porque o essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem, enfrentando com amor, tolerância e humildade todas as passagens estreitas e provações pelas quais temos que passar, buscando a harmonia, a verdade e a paz em nossas mentes e em nossos corações, enxergando com os olhos do espírito toda a grandeza deste nosso universo, na certeza de que nossa passagem pela Terra é efêmera, apenas uma etapa de nossa vida eterna.
  Tia Neiva sempre nos ensinou que devíamos nos preocupar tão somente com a nossa própria vida, evitando a intromissão na vida dos outros. Dizia, mesmo, que só iríamos evoluir se nos deixássemos de nos preocupar com as vidas dos nossos vizinhos…
  Temos que ter a compreensão de cada fase da vida: infância, juventude, maturidade e velhice. Em todas estas fases modificam-se nossas condições físicas, mas ampliamos nossas potencialidades mentais, porque o espírito vai ampliando seus conhecimentos e melhorando suas percepções, o que permite uma vibração mais refinada, uma melhor qualidade de produção do magnético animal.
  Existem muitas pessoas que ao entrarem na faixa de idoso – cerca de 60 anos – já se consideram incapacitadas. Engano terrível, porque é a idade da libertação espiritual, na qual já, na maioria das pessoas, desaparecem as obrigações do trabalho material, e são criadas condições para transmitir aos mais novos o seu conhecimento acumulado. É preciso, porém, ter disposição e consciência para praticar a vida de idoso.
  No livro “Aprenda a Curtir seus Anos Dourados” encontramos “Algumas Considerações sobre ser Idoso ou ser Velho”:
  • Idoso é quem tem o privilégio de viver uma longa vida… Velho é quem perdeu a jovialidade.
  • A idade causa a degenerescência das células… A velhice causa a degenerescência do espírito…
  • Você é idoso quando sonha… Você é velho quando apenas dorme.
  • Você é idoso quando ainda aprende… Você é velho quando já nem ensina.
  • Você é idoso quando se exercita… Você é velho quando somente descansa.
  • Você é idoso quando curte o que lhe resta de vida…
  • Você é velho quando sofre o que o aproxima da morte.
  • Você é idoso quando indaga o que vale a pena…
  • Você é velho quando, sem querer pensar, responde que não.
  • Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa…
  • Para o velho a vida se acaba a cada noite que termina.
  • Para o idoso o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida…
  • Para o velho todos os dias parecem o último de sua jornada.
  • Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs… Para o velho o calendário só tem ontens.
  • Enquanto as rugas do idoso são bonitas porque foram sulcadas pelos sorrisos, as rugas dos velhos são feias porque foram vincadas pela amargura…
  • Enquanto o rosto do idoso se ilumina de esperança, o rosto do velho se apaga de desânimo.
  • Idoso e velho podem ter a mesma idade cronológica, mas têm idades diferentes no coração!
  • Que você, idoso, viva ainda uma longa vida! Mas nunca fique velho!…
  Referindo-se ao início da Criação, João (I, 3 e 4) diz: “Todas as coisas foram feitas por Ele e nada do que foi feito sem Ele! Nele estava a Vida e a Vida era a Luz dos Homens…”
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