Violência
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Entendemos por violência qualquer ato ou fato de força ou brutalidade, com vistas a alcançar um objetivo, o que só se poderia fazer através de ameaças ou de constrangimento.
É um ato antinatural, que agride a natureza do ser, e causa reações terríveis naqueles que são vitimados pela força descontrolada que é liberada pelos atos violentos.
A violência é a falta de amor, de compreensão.
Quando Judas levou a multidão para prender Jesus, um dos apóstolos sacou a espada e cortou a orelha de um servo do sumo sacerdote, sendo contido por Jesus (Mateus, XXVI, 53): “Então Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão!”
A violência é resultado da insegurança, da insatisfação e dos preconceitos do Homem sem amor no coração, que é sempre levado pelas paixões. Quando mais evoluído o espírito, mais distante fica do uso da violência, porque entende que só o amor consegue aplacar os ânimos e chegar à harmonia universal.
É surpreendente ver como a própria Espiritualidade de Luz lida com nossos irmãos trevosos, terríveis obsessores e cobradores insaciáveis: sempre sem violência, faz o seu trabalho com amor e suavidade, embora dentro do rigor das leis, conscientizando e induzindo esses irmãos tranquilamente aos trabalhos desobsessivos.
A violência sempre gera violência, porque desencadeia uma sucessão de baixas vibrações que envolve todos, encarnados e desencarnados, numa desordenada espiral de forças negativas, atingindo os mais fracos, os mais sensíveis, propiciando situações em que os fluidos magnéticos das palavras, dos pensamentos e do próprio sangue alimentam grandes falanges de espíritos das Trevas, agravando a situação.
Quantos fenômenos deste tipo estamos vendo através do noticiário diário, desencadeados em prisões, albergues, favelas, etc., que, analisados à luz da razão, não têm explicação lógica. Só podemos entendê-los pela apreciação do lado espiritual, conhecendo as terríveis explosões de ódios e baixos sentimentos que se produzem sob ação da violência.
O Jaguar tem que buscar, sempre, a não-violência, para não cair em abismos sombrios pelo retorno de suas ações, dentro da Lei de Causa e Efeito. Muitos médiuns são militares ou policiais, trabalham como agentes de segurança, e têm que ficar alertas para as reações a estímulos violentos.
Uma das maiores violências é matar, e aquele que tira uma vida neste plano se compromete terrivelmente no mundo espiritual pelo crime cometido, embora possa querer desculpar-se por se tratar de fato que não poderia ser evitado em face das situações enfrentadas pela sua profissão.
Nestes casos, o Jaguar há de se lembrar de que deverá ser manso como a pomba e sagaz como a serpente: não se deixar levar pelo ódio ou pelo medo e, se tiver que agir num ato extremo, como atirar, pode mirar numa área não mortal ou, se houver outros companheiros atirando, errar o alvo. Sempre deverá fazer uma rápida mentalização antes da ação, pedindo a proteção de seu Ministro ou de sua Princesa.