Anjos - Acervo Koatay 108

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Anjos

               
         Os ANJOS e os SANTOS ESPÍRITOS são entidades de alta hierarquia, Raios de Olorum, que atuam nos diversos Sandays, projetando suas forças em conjunto com as das Estrelas, realizando grandes fenômenos de cura, de desobsessão e, especialmente, as aparições e materializações que objetivam conduzir as atenções da humanidade, mergulhada na violência e no materialismo, para as coisas de Deus.
         Os anjos são designados, em hebraico, pela palavra malaki, e em grego anggelos, que têm o significado original de "mensageiro". São criaturas meramente espirituais, com inteligência e vontade, com o poder de se comunicarem com o mundo material e com os homens. O seu conhecimento é amplo e vigoroso, mas não conhecem tudo. Suas aparições são relatadas já no Antigo Testamento e a menção mais antiga é em Ur, 4000 aC. Nos escritos essênios encontramos numerosas referências aos anjos.
         Na época de Constantino, em 312 dC, os anjos foram introduzidos na arte cristã. No Concílio de Nicéia (325 dC) a crença nos anjos foi considerada dogma da Igreja Católica mas, logo depois, em 343 dC, foi determinado que a reverência aos anjos hebreus, que passaram a ser considerados demoníacos, era idolatria. No 7º Sínodo Ecumênico (787 dC) definiu-se dogma apenas para os arcanjos Miguel, Uriel, Gabriel e Rafael.
         Existem, através da História da Humanidade, momentos críticos para a Terra, em função da violência e descaminho dos Homens, que proporcionaram as aparições de Anjos e Santos Espíritos, abafadas pela Igreja Católica de Roma, que as denominou como aparições da Virgem Maria (quando com aspectos humanos) ou do Espírito Santo (quando apenas uma forma luminosa), uma vez que não podia esconder as evidências.
         Há, também, importante passagem histórica relatada por muitas fontes, em que acontece a rebelião de um grupo de anjos, que originam os demônios.
         Embora exista unanimidade, através dos tempos, em admitir a existência dos anjos, há divergências quanto à sua natureza, número, hierarquia e funções, que só começaram a ser mais uniformes no Século VI, quando surgiu a primeira angiologia escrita por Pseudodionísio, influenciado pela filosofia neoplatônica, que determinou a espiritualidade pura dos anjos. Estabeleceu que os anjos compunham nove coros, repartidos em três hierarquias:
  1. serafins, querubins, tronos;
  2. dominações, virtudes, potestades;
  3. principados, arcanjos, anjos.
        Cada uma dessas categorias é comandada por um príncipe que governa oito anjos. Os nomes são compostos por uma ordem cabalística, com terminações em IAH, EL, AEL e IEL.
         No 1º Concílio de Braga (563 dc) definiu-se que os anjos não provinham da substância de Deus. Em 1950, o Papa Pio XII definiu os anjos como seres espirituais e que a matéria difere essencialmente do espírito. São Tomás de Aquino afirmou que os anjos são seres cujos corpos e essências são formados por um tecido de luz astral e isso permitia que pudessem assumir formas físicas.

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