Cobrador - Acervo Koatay 108

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Cobrador

               
       Cobrador é a designação que damos a um espírito a quem causamos algum mal deliberadamente, em encarnações passadas, e que, pelo juízo e livre arbítrio desse mesmo espírito, devemos “pagar”.
       Ele é colocado em nosso plano reencarnatório, pelas bênçãos de Deus! E pode ser encarnado ou desencarnado. Encarnado, ele pode ser um filho, um pai, uma mãe, um irmão, um cônjuge, enfim, qualquer pessoa que surja em nossa vida, bem próxima de nós. Se desencarnado, ele poderá se tornar um elítrio, um ovóide ou um obsessor, atuando e nos prejudicando de inúmeras formas, só sendo atenuada sua ação ou até mesmo finalizada por nossa atividade na Lei do Auxílio e nos trabalhos de Prisioneiro da Espiritualidade Maior.
       A maioria dos cobradores só se sente vingada ou reajustada quando percebe que seu devedor sofreu o mesmo mal que eles. Isso tem que ficar bem claro para os médiuns do Amanhecer, para que possam entender fatos e situações por que passam em suas vidas.
       Embora um cobrador nos cause transtornos, prejudique nosso equilíbrio mental e físico, nos proporciona a oportunidade de exercer nossa Doutrina em seus dois aspectos principais – amor e tolerância. Dessa forma, ele é importante instrumento da nossa própria evolução.
       O reajuste, o acerto de nossas contas é importante, pois só poderemos ir para nossas origens quando não tivermos mais nenhum cobrador exigindo resgate de erros que cometemos contra eles.
       Na Doutrina do Amanhecer não existe como burlar um cobrador. O médium que se dedica ao trabalho, que vive corretamente dentro da conduta doutrinária, tem, sim, condições para apressar este reajuste.
       Koatay 108 nos disse, em muitas de suas aulas, que o médium do Amanhecer consegue libertar-se, nesta encarnação, graças à Doutrina, de cobradores que demandariam quatro ou cinco encarnações caso ele não estivesse no Vale.
       A Lei do Carma, ou de Causa e Efeito, é suavizada pelo trabalho na Lei do Auxílio.
       A reencarnação é, essencialmente, oportunidade de reajuste. Por isso, nos trabalhos de Indução, é proibida a presença de gestantes com mais de três meses de gravidez, pois, com a força desobsessiva, poderia haver a libertação de cobradores que estavam colocados junto ao feto, tornando-se sem sentido aquela reencarnação, o que levaria à morte do feto e o conseqüente aborto.
       Mas o aspecto mais importante a ser considerado pelo médium, é o que deve entender seu cobrador, emitindo muito amor, tendo tolerância e demonstrando humildade nos momentos mais críticos de sua atuação. Caso tenha a grandiosa oportunidade de falar com ele, em qualquer situação, num Trono, num Angical ou num Julgamento, faça com que ele perceba seus sentimentos.
       Temos que aprender com Ezequiel (XVIII, 23): “Não quero a morte do ímpio, mas sim que o ímpio se converta e se salve”, porque de modo geral, o cobrador encarnado é um ímpio aos nossos olhos.
       Jesus (Mateus, V – 25 e 26) exortou: “Entra logo em acordo com o teu inimigo enquanto estás com ele em caminho, para que não suceda te entregue o adversário ao juiz e o juiz ao seu Ministro, e sejas lançado no cárcere. Em verdade te digo que não sairás de lá até pagares o último
       Sobre nossos cobradores mais chegados, nos diz Emmanuel: “Teus pais e filhos, teu esposo ou esposa, teus irmãos e parentes, companheiros e adversários, superiores e subalternos, são quase sempre os pontos vivos de tua luta regeneradora que, aceitos com o amor de Jesus, se convertem nas estações progressivas da grande jornada, pela qual te retiras do vale das trevas para os cimos de Luz!”
       Essa é a oportunidade que temos, na Doutrina. Estamos caminhando com nossos cobradores, e temos tudo, por nossa consciência e por nosso conhecimento, para entrarmos em acordo com eles.
       Tia Neiva deixou-nos uma mensagem, de 20/06/75, em que conta uma passagem no Templo, onde chegou um jornalista ateu, com a ideia de escrever contra nossa Doutrina. Ela o atendeu, e mandou que fosse atendido nos Tronos, pelo aparelho de Pai Zé Pedro, trabalhando com uma Doutrinadora chamada Eliane. Pai Zé Pedro falou muito com ele, mas o advertiu que seu físico ficaria melhor se ele falasse em Deus nos seus escritos, e que ele deveria voltar no próximo sábado. Ele voltou, mas disse à Doutrinadora que estava bem, e que deixaria outra pessoa ser atendida em seu lugar, indo embora. Eliane ficou frustrada, pois sentia que ele precisava do trabalho.
       Passou um tempo, e Tia Neiva encontrou o jornalista – que se chamava Otávio – já desencarnado, no Canal Vermelho. Viu, então, que Eliane se aproximava, vestida como uma princesa, e ouviu que ela havia desprezado Otávio em uma era distante. Ele viera para cobrá-la, mas seu encontro se dera no Templo, e aquele espírito não tivera forças para efetuar a cobrança daquela ninfa que estava atuando com todo o amor na Lei do Auxílio, e, inclusive, atendendo-o num trabalho que aliviará suas dores físicas.
       Esse o nosso poder, o poder do Amor! Francisco de Assis disse: “Devemos amar os nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos perturbam ou aborrecem, praticando os preceitos e conselhos de Jesus. Vamos ter caridade para aqueles que nos odeiam!”

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