Cristo
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Cristo é um título que, desde o antigo Egito, era usado para indicar um Grande Iniciado, um espírito de tal magnitude que poderia ser, para nosso entendimento, um co-responsável pelo Universo. É uma palavra que vem do Egito – Knery’secheta – e da Grécia – Christos. Em Hebreu, Jesus (Jehoshuá) quer dizer “Deus Salva”, e a Jesus foi concedido o título Cristo, o “Ungido”, no entender dos Evangelistas.
Todavia, Cristo é muito mais significativo do que simplesmente o Ungido. É um título concedido apenas àqueles Grandes Espíritos que têm marcante missão na Terra.
Quando esteve entre os Essênios, onde recebeu sua primeira Iniciação, Jesus já era reconhecido como o Filho de Deus, enviado para sofrer e dar o exemplo de tolerância, humildade e amor a todos os que conviveram com Ele e àqueles que viriam depois, através dos séculos.
“Existe Cristo como existe água: Jesus é um copo dessa água.
Cristo significa “o ungido”, o que recebeu os óleos santos, ou seja, o que recebeu a consagração para uma missão, para algo.
Cristo seria, então, o “co-autor”, o “co-responsável” pelo Universo mais próximo da nossa capacidade concepcional. Co-autor e co-responsável são os adjetivos mais aproximados para algo parecido com Deus, que seria Cristo.
Jesus personifica, para estes dois mil anos que estão terminando, o Cristo ou apenas “Cristo”.
Façamos uma analogia, uma comparação para podermos entender melhor.
A gente diz: “No planeta Terra existe água, e eu tomei um copo de água.” A diferença entre a água do planeta e o copo de água que eu tomei é que a água do copo se tornou uma água específica, com características limitadas pelo copo e outras circunstâncias que a situaram no tempo e no espaço. Jesus foi o copo, o veículo, mas foi de tal natureza que a água e o copo se confundiram em algo único: Jesus Cristo!
A partir daí, esse algo que chamamos Cristo se tornou perceptível, verificável, palpável pelo nosso senso comum, pelo nosso senso comum, nossos sentidos, nossa alma.
Em resumo, os indefiníveis Deus e Cristo se tornaram definíveis na figura de Jesus.
Outros seres como Jesus existiram antes e existirão depois, mas também neste sentido a nossa capacidade de verificação é limitada. Como iríamos saber quem foram os personificados de Cristo antes de Jesus, e como iremos saber quem serão os outros que virão depois?
Temos, assim, uma panorâmica, um fundo de pano para a Doutrina do Amanhecer.
Cremos em Deus, mas não tentamos defini-lo, nem nos preocupamos com isso. Também não nos atrevemos a atribuir qualidades a Ele e afirmar que Ele gosta disso assim ou de outra forma.
Cremos em Cristo como algo talvez mais definível que Deus, mas também não temos a pretensão de penetrar no íntimo de sua natureza.
Cremos em Jesus, o Filho de Maria de Nazareth, que incorpora o Cristo, cuja história conhecemos e cuja obra é aceita universalmente.
O Mestre Jesus edificou uma Escola Iniciática, chamada Escola do Caminho, parte da qual está contida nos chamados Evangelhos, escritos por quatro de seus discípulos. E essa Escola que nos forneceu os elementos para definir nossa posição em relação a Deus a ao Cristo”.
Trino Tumuchy – sem data