Jesus - Acervo Koatay 108

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Jesus

               
      Em livro psicografado por Chico Xavier – “A Caminho da Luz” –, Emanuel (Amanto) nos conta que existe, no Universo, formada por Deus, uma Comunidade de Espíritos Puros, que dirige a Vida de todos os planos, por todos os lugares, e à qual pertence o espírito de Jesus.
      Essa Comunidade reuniu-se nas proximidades da Terra somente em duas ocasiões: “A primeira verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no tempo e no espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e pródomos da vida na matéria em ignição do planeta; e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.”
      Na Doutrina, aprendemos que quando a evolução da Terra se mostrou totalmente desviada da meta civilizatória proposta pelos Equitumans, Tumuchys e Jaguares, culminando nos últimos cinco mil anos antes do nascimento do Cristo com uma onda de barbarismo e crueldade, o Grande Orixá, Mestre dos Mestres, atendeu aos clamores dos missionários que, isolados e perseguidos, pediam a presença de Deus na Terra, e decidiu vir pessoalmente como o Salvador, o Messias, materializando o seu fluido cósmico – o plasma divino. Nasceu Jesus!
      Em Hebreu, Jesus (Jehoshuá) quer dizer “Deus é a Salvação”, e esse foi o nome que, segundo o Antigo Testamento, Deus escolheu para o seu Filho, sendo anunciado pelo anjo a Maria, que seria sua Mãe.
      A Jesus foi concedido o título Cristo, que é concedido apenas àqueles Grandes Espíritos que têm marcante missão na Terra.
      Em Mateus (XVI, 13 a 17) nos é relatado: “E veio Jesus para as partes de Cesaréia de Filipe e interrogou seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que é o Filho do Homem? E eles responderam: Dizem uns que é João Batista, outros que é Elias, e outros que é Jeremias ou algum dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Simão Pedro disse: Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo!”
      Fora da Bíblia, registram-se apenas quatro obras contemporâneas de Jesus, em que é citado como “Jesus, que se chamou Cristo” (Flavio Josefo) e como “Cristo” (Suetônio, Tácito e Plínio, o Jovem). Uma recente fonte de informações foi encontrada na região do Mar Morto (veja: Evangelho).
      Jesus não foi Deus, mas, sim, a reencarnação de um Grande Mestre, com a missão de alertar os espíritos da época e do futuro da Terra.
      Existem questionamentos sobre o tempo em que Jesus nasceu, pois, pelo levantamento de pesquisadores e historiadores, tudo indica que Herodes teria morrido em Jericó, no ano 4 A.C.; este rei teria recebido os Magos do Oriente, quando Jesus tinha cerca de um ano, e ordenara a morte das crianças de até dois anos. Por outro lado, pelas previsões astrológicas, o Messias nasceria no momento em que se desse a conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, o que aconteceu no ano 7 aC.
      Embora seja irrelevante essa discussão, o fato importante é que Jesus nasceu na Terra, para a maior e fantástica missão de mudar toda a Humanidade. Naquela época, a Palestina estava subjugada ao poder romano. Mas possuía uma estrutura social, dominada pelo procurador romano Pôncio Pilatos, tendo o rei Herodes Antipas, com o sumo sacerdote do Templo de Jerusalém, Caifás, poderoso em sua influência no governo, que se apoiava no Sinédrio, conselho de 71 membros formado por altos sacerdotes, anciãos de famílias ilustres e doutores da Lei; o estrato social mais importante era o da elite sacerdotal e dos grandes proprietários de terras – os Saduceus; em seguida, vinham os fariseus, elementos do baixo clero, artesãos e pequenos comerciantes.
      Jesus era esperado como um líder da revolução que iria expulsar os romanos pela força das armas, movimento que era feito pelos zelotas, grupo de fariseus que organizava ataques de guerrilhas aos romanos. Em lugar da luta armada, Jesus deu início à mais perfeita organização que a Terra já teve.
      Essa é a grande lição do Mestre! Quando ouvimos religiosos falarem que Jesus carregou todos os nossos pecados em seu suplício, é difícil acreditar, pois sabemos o que é o Homem atual. Nos parece que Jesus quis só mostrar que seu amor era imenso, e mesmo preso, maltratado e, por fim, crucificado, tendo o poder de se livrar de tudo com apenas um gesto, preferiu demonstrar que, pelo amor, tudo aguentava e não revidava as agressões. Isto é, o mesmo amor e compreensão que dedicou a Judas, já o sabendo um traidor, também dedicou a seus algozes. Estava, assim, demonstrando que poderíamos nos livrar das invejas, da maldade e dos ciúmes se aprendêssemos a amar como Ele nos amou!
      Naves gigantescas abriram, na densa matéria que envolvia o planeta, caminhos para o Céu, e foram estabelecidas as Casas Transitórias, plataformas espaciais onde passaram a ser recolhidos e tratados os espíritos que começavam a se libertar do jugo físico e da prisão etérica.
      No plano físico, missionários encarnados se organizaram em sistemas mediúnicos que propiciavam condições de manifestação, doutrinação e libertação dos espíritos sofredores, dando início à Escola de Jesus, cuja ação vem sendo ampliada até nossos dias, enfrentando perseguições, deturpações e incompreensões, mas caminhando firme para que o espírito retome sua posição na Terra, em luta contínua e sem trégua.
      Na verdade, Jesus poderia simplesmente ter se materializado, já como adulto, e fazer a pregação da Palavra de Deus. Todavia, por saber que isso iria determinar total falta de entendimento pela Humanidade, Ele seguiu o caminho dos simples mortais, materializando-se como um feto no útero de Maria, outro Espírito Iluminado que veio com a missão de gerar o Filho de Deus, o que a levou à figura da gestante virgem, uma gravidez sem a participação física da inseminação.
      Jesus é o exemplo do Amor e da Virtude, do Missionário liberto dos inconvenientes e das paixões do Homem encarnado. Toda a Sua trajetória na Terra foi marcada pelos exemplos simples, mas surpreendentes, da alteração de padrões vibratórios, transformando água em vinho, multiplicando pães e peixes, curando enfermos, agindo sempre em nome do Amor. Até mesmo Sua paixão e morte, no plano físico, agiram como catalisadores das emoções e sentimentos da Humanidade, reforçando as bases de sua Doutrina no coração dos Homens.
      Na Doutrina do Amanhecer aceitamos e respeitamos toda a História de Jesus relatada pelos Evangelistas e na qual se baseia a Igreja Católica (Veja: 27/04/1983 • Partida Evangélica), principalmente pelo que se contém no relato do Evangelista João, que foi uma reencarnação de Pai Seta Branca, discípulo predileto de Jesus, mas para nós Jesus é o Caminheiro, aquele que está sempre presente, junto a nós, indicando-nos a Nova Estrada, nos ajudando e nos protegendo em nosso aprendizado na Escola do Caminho, permitindo nosso trabalho para auxiliar nossos irmãos desencarnados que estão sendo assistidos nas Casas Transitórias que estabeleceu.
      Não temos, nos Templos do Amanhecer e nem em nossas casas, o Cristo crucificado, que relembra o martírio, o desespero, a morte e o sofrimento, porque nossa Doutrina não é da morte, e sim da Vida, da Luz e do Amor. Jesus, o Caminheiro, nos deixou a Nova Estrada, caminho de esperança e caridade, de amor e tolerância! Mesmo a perseguição que sofreu pelos fariseus, sacerdotes, escribas e doutores da Lei, todos representando o orgulho, a ambição, a avareza e a covardia, não conseguiu abafar a sua Luz ou impedir que deixasse, nos três anos de pregação, o Sistema Crístico montado.
      Quando esteve entre os Essênios, pelos quais recebeu sua primeira Iniciação, e nos Himalaias, onde permaneceu no período de 12 aos 30 anos, Jesus já era reconhecido como o Filho de Deus, enviado para sofrer e dar o exemplo de tolerância, humildade e amor a todos os que conviveram com Ele e àqueles que viriam depois, através dos séculos.
      Jesus de Nazareth nos fez entender melhor os desígnios de Deus através da narrativas dos quatro Evangelistas, aceitas como confiáveis, e pelos fenômenos que até hoje vivenciamos, oriundos dos ensinamentos trazidos pelos Planos Espirituais, pelos Espíritos Iluminados que nos proporcionam a evolução pelo conhecimento do Universo.
      Jesus nos afirma, em João (XIV, 6): “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim!” O CAMINHO, a Nova Estrada, pelo que nos ensinou e exemplificou, nos mostrando uma lei moral que nos guia no progresso espiritual; a VERDADE revelada pelos conhecimentos das leis de Deus; e a VIDA, porque com Jesus, vivendo dentro da conduta doutrinária, exercendo nossa capacidade de manipular as forças que nos chegam dos Planos Superiores, estaremos livres da morte espiritual, à qual somente são conduzidos os que se deixam cair no atraso evolutivo, na ignorância e nas imperfeições dos que se apegam aos bens materiais.
      Assim, na Doutrina do Amanhecer, colocamos em prática o sistema da Escola Iniciática – a Escola do Caminho – estabelecida por Jesus para evoluir a Humanidade. Nada de religiões, de imposições, de obrigações… Jesus nos mostrou o Caminho, e também nos deixou o livre arbítrio. Nós vamos escolher o que quisermos. Tudo vai depender da forma como vamos seguir Jesus. Quando nos foram transmitidos os Dez Mandamentos, vemos que ali estava só uma orientação para o ajustamento de nossas mentes, inclusive considerando o nosso estágio mental à época.
      Não temos como definir Deus, nem podemos dizer que ele gosta ou aprova isso ou aquilo. Por isso, toda a Doutrina do Amanhecer foi construída sobre os ensinamentos de Jesus.
      Em João (III, 16 a 21) nos foi dito: “Porquanto Deus amou tanto o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Nem Deus enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não será condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho Unigênito de Deus. E esta é a causa da sua condenação: a Luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque eram más as suas obras. Mas aquele que pratica a verdade chega-se à Luz para que as suas obras sejam conhecidas, porque são feitas em Deus.”
      Em Mateus (XXVIII, 16 a 20) nos é relatado o encontro de Jesus ressuscitado com seus discípulos: “Os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. E chegando-se Jesus, falou-lhes: É-me dado todo o poder no Céu e na Terra! Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que Eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!”
      Pela grandeza da obra de Jesus, não caberiam aqui senão essas pequenas observações, sendo a verdadeira fonte os Evangelhos.
      Um grupo de pesquisadores busca precisar as datas do nascimento e morte de Jesus. Há astrólogos que, pelo cálculo baseado na Precessão dos Equinócios, consideram que Jesus morreu no dia 7 de abril do ano 30 D.C., sexta-feira anterior à Páscoa Judaica, entre 14 e 16 horas (Hora Nona). Por técnicas astrológicas, calcularam uma conjunção de astros e localizaram o ponto sobre o qual se deu essa conjunção: Belém, em Israel, às 6 horas do dia 1º de março do ano 6 A.C. Outros pesquisadores, com base nas descobertas de antigas anotações oficiais das autoridades judaicas, estabeleceram, em função do ano da fundação de Roma (753 AC) e da morte de Herodes Antipas, que Jesus nasceu em 25 de fevereiro do ano 747 da fundação de Roma, foi condenado no dia 25 de março do ano de 785, tendo morrido na cruz sete dias depois, em 1º de abril. A data mundial, 25 de dezembro, foi estabelecida pela Igreja Católica Romana, como um dogma, pelo diácono Dionísio, considerando Jesus o Sol que nascia na constelação de Virgem.
Transcrevo, após trechos de carta de Koatay 108, pequenos trabalhos dos milhares inspirados em Jesus de Nazareth, cujos autores desconheço, mas que exemplificam a ideia que temos do Caminheiro.
Tu és uma pessoa muito importante, principalmente para mim!
Tu trabalhas, corres daqui para acolá, te banqueteias, cantas e te dás a muitos prazeres, mas nunca me chamas.
Ficas triste e depois te alegras, mas não me agradeces.
Segues a trilha da Vida, subindo e descendo escadas, mas não te preocupas comigo.
Tens ganho muitas coisas na Vida e tens fechado as mãos para mim.
Tu sentes amor, ódio, sentes tudo, menos a minha presença.
Tu te achas uma pessoa perfeita, mas não te desgastas por mim.
Teus sentidos funcionam em perfeita harmonia, mas não são canalizados para mim.
Estudas tanto e não me entendes; ganhas e não me ajuda; alegra-te, mas não em mim.
Aliás, eu não tenho tido participação em tua vida!
Tu te dizes uma pessoa tão inteligente e quase nada sabes a meu respeito.
Reclamas dos momentos difíceis, das atribulações, mas não reconheces os tempos bonançosos que te tenho dado.
Se enfrentas um problema, reclamas de mim; mas se vives despreocupadamente, não reconheces que isso procede de mim.
Se estás triste, me culpa por isso; mas, se estás alegre, não me deixas participar de tua felicidade.
Tu falas de tanta gente importante que nunca fez nada por ti, mas não falas de mim, que fiz tudo por ti!
Gastas energia em tantas coisas, mas gastá-las para mim seria um desperdício… Por quê?
Sabes pormenores da vida de homens que sempre usaram a força bruta para concretizar seus intentos, mas desconheces aquele que sempre usou a força do amor para conquistar os corações.
Tu te sujeitas aos homens cruéis, mas não queres fazer o que te peço com toda a humildade!
Queres ser uma pessoa próspera na vida, apagas a luz dos mais fracos para que a tua brilhe mais. Entretanto, se fracassas, descarregas tua ira contra mim!
Os prazeres da vida te fascinam sobremaneira, e por isso não tens tempo nem para morrer e nem para pensares em mim… Sempre me procuras por último.
Se resolves me dar alguma coisa, acabas me dando o resto de tudo. Por quê?
Tu corres atrás de uma coroa de glória e te esqueces de que, por tua causa, carreguei uma de espinhos!
Buscas entender tantas filosofias mas muito pouco conheces da mensagem que preguei e que realmente é o que liberta o Homem.
Tu te apegas tanto a este mundo e te esqueces de que tudo isso passará. Apenas aquilo que o Homem faz para mim perdura para sempre!
Levas uma vida de derrotas por desconheceres a vida abundante que emana de mim.
Tu julgas muita gente e vês defeito em tudo.
Eu conheço a tua maneira de agir, sei o que fazes e pensas. Sim, eu vejo tudo!
Tu obedeces ao teu chefe, que lhe causa tantos dissabores, e não ouves a minha voz quando te falo do meu amor.
Quando precisas, quando te encontras perdido em um labirinto, sabes dirigir-te a mim, chamando-me de Senhor, mas não me obedeces e nem pretendes fazê-lo.
Muitas vezes já ouvi afirmares que não existo. Mas, no íntimo, tens medo de mim.
Sei que, em alguns momentos, gostarias de te agarrar em mim, mas teu orgulho não deixa! Tranquilo, fico sereno, com minha mão estendida.
Tu lutas por teus ideais, sendo até capaz de morrer por muita coisa, mas se gastares apenas uma gota de suor por minha causa ou a meu serviço, achas que estás fazendo demais e alardeia teu feito.
Participas de reuniões onde meu nome é injuriado e não me defendes.
Ouves piadas indecentes com o meu nome e também dás gargalhadas.
Nunca te fiz mal algum, mas tens vergonha de pregar o meu nome.
Quando estás sedento, buscas tantas fontes que já estão secas… por que não vens a mim, beber da Água da Vida?
Na verdade, tens corrido atrás do vento… Eu te convido a correr para os meus braços!
Eu fiz o Universo e fiz o Homem!
Sou tão grande que preencho o mundo, mas posso habitar em teu coração.
Tu és um corpo no Universo – eu sou o Universo em teu corpo!
Eu sou o caminho, a verdade e a vida – Eu sou Jesus!
Estou te aguardando… És muito importante para mim!… (sem identificação do autor)
Quando nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me:
Eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas!
Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim:
Eu sou a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!
Quando se extinguir o teu ânimo para arrastares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me:
Eu sou a Força capaz de remover as pedras do teu caminho e sobrepor-te às adversidades do mundo!
Quando inclementes te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim:
Eu sou o Refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito!
Quando de faltar a calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me:
Eu sou a Paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis!
Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos da vida, grita por mim:
Eu sou o Bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!
Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode te inspirar confiança, vem a mim:
Eu sou a Sinceridade que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e excelsitudes de teus ideais!
Quando a tristeza e a melancolia povoarem o teu coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim:
Eu sou a Alegria que insufla um novo alento e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!
Quando um a um fenecerem teus ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para mim:
Eu sou a Esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!
Quando a impiedade se recusar a te revelar as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me:
Eu sou o Perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu espírito!
Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo avassalar tua alma, recorre a mim:
Eu sou a Fé que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!
Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e estiveres desiludido dos sentimentos de teu semelhante, aproxima-te de mim:
Eu sou a Renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos Homens e a esquecer a incompreensão do mundo!
Quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura, ao pássaro que canta, à flor que desabrocha, à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda…
Meu nome significa AMOR, o remédio para todos os males que atormentam o espírito… Meu nome é Jesus Cristo!… (autor desconhecido)



      “Existe Cristo como existe água: Jesus é um copo dessa água.
      Cristo significa “o ungido”, o que recebeu os óleos santos, ou seja, o que recebeu a consagração para uma missão, para algo.
      Cristo seria, então, o “coautor”, o “corresponsável” pelo Universo mais próximo da nossa capacidade concepcional. Coautor e corresponsável são os adjetivos mais aproximados para algo parecido com Deus, que seria Cristo.
      Jesus personifica, para estes dois mil anos que estão terminando, o Cristo ou apenas “Cristo”.
      Façamos uma analogia, uma comparação para podermos entender melhor.
      A gente diz: “No planeta Terra existe água, e eu tomei um copo de água.” A diferença entre a água do planeta e o copo de água que eu tomei é que a água do copo se tornou uma água específica, com características limitadas pelo copo e outras circunstâncias que a situaram no tempo e no espaço.
      Jesus foi o copo, o veículo, mas foi de tal natureza que a água e o copo se confundiram em algo único: Jesus Cristo!
      A partir daí, esse algo que chamamos Cristo se tornou perceptível, verificável, palpável pelo nosso senso comum, nossos sentidos, nossa alma.
      Em resumo, os indefiníveis Deus e Cristo se tornaram definíveis na figura de Jesus.
      Outros seres como Jesus existiram antes e existirão depois, mas também neste sentido a nossa capacidade de verificação é limitada.
      Como iríamos saber quem foram os personificados de Cristo antes de Jesus, e como iremos saber quem serão os outros que virão depois?
      Temos, assim, uma panorâmica, um fundo de pano para a Doutrina do Amanhecer.
      Cremos em Deus, mas não tentamos defini-lo, nem nos preocupamos com isso. Também não nos atrevemos a atribuir qualidades a Ele e afirmar que Ele gosta disso assim ou de outra forma.
      Cremos em Cristo como algo talvez mais definível que Deus, mas também não temos a pretensão de penetrar no íntimo de sua natureza. Cremos em Jesus, o Filho de Maria de Nazareth, que incorpora o Cristo, cuja história conhecemos e cuja obra é aceita universalmente.
      O Mestre Jesus edificou uma Escola Iniciática, chamada Escola do Caminho, parte da qual está contida nos chamados Evangelhos, escritos por quatro de seus discípulos. E essa Escola que nos forneceu os elementos para definir nossa posição em relação a Deus a ao Cristo”. (Trino Tumuchy – sem data)

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