Desencarnado - Acervo Koatay 108

Ir para o conteúdo

Desencarnado

               
      Desencarnado é a condição do espírito que deixou o corpo físico.
      Quando se trata de um espírito evoluído, logo se livra da emanação da Terra e chega ao Canal Vermelho, após sair da Pedra Branca. Se tiver alta evolução, se liga a sua alma gêmea e juntos partem de volta à origem, a Capela. Mas, se não tiver um bom grau de evolução, ao sair da Pedra Branca o espírito precisa da energia animal, sendo levado por seus Mentores ao Templo, onde, na Mesa Evangélica, recebe a doutrina e o choque magnético que propiciarão seu encaminhamento. Pode, também, ser levado até junto a pessoas encarnadas, que sentem baixar seus padrões vibratórios por causa da energia que lhes é sugada.
      Caso, quando encarnado, aquele espírito seguiu alguma religião ou doutrina, praticando o Bem, atuando na Lei do Auxílio, após receber o choque magnético é conduzido para planos elevados.
      Se, pelo contrário, deixou-se levar pelo apego à matéria, perdendo-se nos abismos do egoísmo, da vaidade e da revolta, vibrando sua maldade nos outros, os Mentores o abandonam, e ele se torna um obsessor, sentindo necessidade de captar ectoplasma, e acabando por se submeter à Lei Negra, tornando-se um habitante escravo das cavernas dos exús.
      Quando desencarna com ódio, o espírito não consegue sequer manter a posição invertida ao corpo. Fica desatinado, rodando em círculos e de nada serve sua passagem por Pedra Branca. Sua única meta é vingar-se de quem lhe fez mal. Torna-se, assim, um obsessor ou, simplesmente, um demônio.
      Um aspecto muito importante é o referente à vestimenta de ninfas quando desencarnam e que, em muitos lugares, são vestidas com a indumentária de sua falange missionária. Tia Neiva sempre orientou para que fosse usada tão somente o vestido branco com, no máximo, a fita. Desaconselhava que o colete fosse colocado no cadáver, sendo, no caso dos mestres, usada a calça e a camisa do Jaguar, com o colete dobrado e, junto com a fita, colocado junto ao corpo no caixão. Alegava que as indumentárias poderiam ser reaproveitadas e que não tinham qualquer influência para o espírito desencarnado, uma vez que o papel que desempenhavam para a ninfa enquanto viva era totalmente ineficaz para a ninfa desencarnada, nada justificando seu uso após a morte.
Voltar para o conteúdo