Mecanismos de defesa
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Os mecanismos de defesa são processos específicos, intrapsíquicos, operando de forma inconsciente, que buscam a resolução de conflitos emocionais e a libertação da ansiedade. São mecanismos inconscientes pelos quais o ego se dissocia de pulsões ou afetos sentidos como perigosos para a integridade do organismo. Esses mesmos motivos podem provocar esforços conscientes, mas os reais mecanismos mentais são inconscientes, e uma grande parte está ligada a desajustamentos neuróticos ou doenças mentais, mas alguns podem ser aplicados por crianças ou adultos normais estressados.
Como agem no cérebro e nos centros nervosos visando prevenir quedas vibracionais em todo o organismo, o tema foi colocado neste trabalho para facilitar a visão desses quadros que podem ser apresentados por um paciente no Templo, podendo assim, principalmente os Presidentes dos Templos do Amanhecer, terem condições de melhor avaliação de cada caso, à luz da Psicanálise.
De modo geral, um mecanismo de defesa é considerado patológico quando:
- usado demasiadamente, como predominante de adaptação;
- é acompanhado por marcada deformação da realidade;
- interfere com a razoável apreciação que o indivíduo faça de si próprio e das suas relações com os outros.
Freud afirmou que o ego reage ao perigo com a angústia, e dela se defende com a produção de sintomas, estabelecendo três fatores relacionados com ela:
- fator biológico – representado pelo desamparo da criança durante a primeira fase de sua existência;
- fator filogênico – dependente do desenvolvimento sexual em dois grandes períodos, separados por um estado de latência; e
- fator psicológico – formado pela imperfeição dos mecanismos psíquicos, já que, colocando-se o ego entre o id e a realidade, suas reações dependem deles.
Diante dos perigos externos, pode o ego proteger-se com a fuga. Mas isso não vale para os perigos internos. Assim, é gerada primeiro a angústia e, depois, o sintoma neurótico. Não conseguiram explicar porque o ego escolhe um determinado tipo de mecanismo de defesa. Ana Freud, em El Yo y los Mecanismos de Defensa, esclarece que a repressão consiste na retenção ou expulsão de uma ideia ou de um afeto fora do ego consciente; por conseguinte, enquanto o ego está confundido com o id, carece de sentido falar de repressões. Da mesma maneira cabe supor que os métodos da projeção e da introjecção dependem da separação entre o ego e o mundo exterior. A sublimação pressupõe a existência do superego.(…) A regressão, o recalque e a censura seriam tão antigos como os instintos.