Surdos
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Nossa audição é, como todos os nossos sentidos, limitada em relação às ondas sonoras existentes na Natureza, das quais só nos é dado captar as que se situam entre 200 e 2.000 hertz, ou ciclos por segundo.
O surdo é aquele que não ouve ou pouco ouve, mas, em sentido figurado, se refere àquele que é indiferente, impassível ou insensível. Segundo o grande escritor Mário Quintana, “surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão, pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês…”
Quando nos referimos aos “cegos, surdos, mudos e incompreendidos” não estamos falando de alguma deficiência física, mas, sim, sob o aspecto espiritual, vibracional. Aquele que é portador de uma deficiência física está cumprindo a Lei de Causa e Efeito, o seu carma, e só podemos ajudá-lo fortalecendo seu espírito para que possa passar, sem revolta, sua provação.
Mas nossa missão inclui aqueles que têm deficiências que os levam a não ver, a não ouvir, a não falar e a não entender as lições da Espiritualidade Maior, e que podem ser curados pelas vibrações de amor, pela tolerância e pela humildade.
Ouvir é uma ciência, pois não nos limitamos a escutar o que nos dizem mas, sim, temos que buscar o que nos está sendo dito. Quando ouvimos com atenção nos integramos na comunicação, através da sensibilidade, e, então, conseguimos entender o que nos foi dito e o porquê do que foi transmitido.
O sentido amplo do termo compartilhar inclui, na verdade, o saber ouvir.
Nosso relacionamento com aqueles que estão junto a nós vai depender muito da maneira como vamos ouvi-los. Isso inclui nossos Mentores, que nos falam com amor e dedicação, mas pouca atenção damos ao que nos dizem.
Os surdos não podem ouvir as palavras de Deus, nem aquelas que estão impregnadas pelo amor e pela tolerância. Conseguem ouvir muita coisa, mas só escutam aquilo que querem.
Nós temos exemplos muito comuns nas pessoas que passam por diversos Tronos, ouvem mensagens e mais mensagens, mas não ficam satisfeitas, até que ouçam o que querem ouvir.
Jesus, segundo Mateus (XIII, 13 a 18), explicou: “Por isso é que eu lhes falo em parábolas; porque, vendo não vêem, e ouvindo não ouvem nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías, dizendo: “Ouvireis com os ouvidos e não entendereis; e vereis com os olhos, e não vereis. Porque o coração deste povo se fez pesado, e os seus ouvidos se tornaram duros e se fecharam os seus olhos; porque não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e entendam com o coração, e se convertam, e eu os sare!” Ditosos, porém, os vossos olhos, porque vêem e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois, em verdade vos digo: muitos profetas e muitos justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram, e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.”
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