Conhecimento
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O conhecimento é um fenômeno da parte consciente da mente, do ego material, formando uma associação indissolúvel, pois não há conhecimento sem consciência, já que o conhecimento precisa apreender, analisar e especificar todos os detalhes de seu objeto pelo seu exame consciente, avaliando sua origem, natureza, possibilidades, valores e limites, para, então ser gravado no perispírito, formando a sabedoria, já no nível do Eu espiritual.
Há duas naturezas do conhecimento: esotéricos – os internos, que nos ensinam a compreender; e exotéricos – os externos, que nos ensinam o saber.
Todavia, como se trata de fenômeno individual, o conhecimento pode ser distorcido pelo inconsciente ou pelo subconsciente, pela absorção prejudicada pela limitação dos nossos sentidos ou, até mesmo, pela vibração de obsessores, induzindo ao erro.
Há dois graus de conhecimento: o concreto, que é sensível, relacionado com um objeto individual, singular, profundamente material, transmitido por estímulos das sensações e pelo instinto, intrinsecamente ligado ou dependente do plexo físico, uma vez que depende das limitações do sentidos e das possíveis ilusões ou enganos que podem ocasionar erros; e o intelectual ou abstrato, universal, ligado diretamente à sensibilidade, extrinsecamente dependente do plexo físico. Não é somente intelectual, mas também emocional, psicológico, instintivo, intuitivo, sexual, espiritual etc.
O conhecimento e o poder de transformação, unidos, formam a magia! Quando aplicamos nosso conhecimento para a transformação de alguma coisa ou de alguém, inclusive de nós mesmos, estamos exercendo poderes da magia. Qualquer transformação consciente só ocorre pelo conhecimento.
Tanto o conhecimento concreto como o abstrato se armazenam no subconsciente, de modo a se constituírem no banco de dados da nossa consciência. Devemos sempre ter em mente que o conhecimento leva ao saber, mas não é o saber! É preciso estar alerta para os variados tipos de argumentos que formam as falácias lógicas (contra a lógica formal) e as falácias de falsa premissa (contra a lógica material), que são conclusões ilusórias, fraudulentas e enganosas com base em dados aparentemente corretos, muito usados na propaganda, especialmente nas campanhas políticas. Para evitar essas falhas, temos que usar o raciocínio analógico, que é o estabelecimento das semelhanças entre casos particulares, o mais usado na vida cotidiana.
O conhecimento se manifesta por meio do pensamento e tem como seu fim maior o melhor entendimento da Verdade Absoluta, que abriga a visão da Suprema Personalidade de Deus e suas manifestações na nossa vida espiritual e física. Buscando seguir os passos do Divino e Amado Mestre Jesus, seus ensinamentos, dentro de uma correta conduta doutrinária, labutando na Lei do Auxílio, vamos aprendendo com a Doutrina do Amanhecer, de natureza Crística, evoluindo e ampliando nossa sabedoria.
É no autoconhecimento que reside o grande valor da Doutrina e, na medida em que ampliamos nosso conhecimento de nós mesmos ampliamos nossa capacidade de realização de nossos sonhos e projetos.
O Dalai Lama disse: Os quatro pontos do saber são:
- Confiar nos ensinamentos e não em quem ensina;
- Confiar no significado , não nas palavras que o expressam;
- Confiar no significado definitivo, não no provisório; e
- Confiar na sabedoria transcendente da experiência profunda, não no simples conhecimento.
Na Grécia antiga, segundo vários relatos, tanto Sócrates como Tales de Mileto são citados como os sábios que mostraram o caminho para a meta da vida de todos nós: "Conhece-te a ti mesmo!"
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