Mediunidade - Acervo Koatay 108

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Mediunidade

               

        O objetivo da mediunidade é o resgate cármico, correção dos erros praticados no passado, um conjunto de forças que se manifesta no ser vivo, emanando do corpo físico e agindo em conjunto com o mecanismo psicofísico, mas com padrão vibratório muito mais elevado e mais rápido.
        A glândula pineal, se constitui na sede fisiológica dos fenômenos da mediunidade, controlando os demais centros energéticos. Centro do hiperconsciente, é a responsável pelo nosso sexto sentido, captando e selecionando forças pela sua percepção extrasensorial, podendo ter seu funcionamento aprimorado pelo desenvolvimento mediúnico. De natureza igual em todos os seres, varia em teor, quantidade e forma de um para outro, fazendo com que não existam dois médiuns iguais. De acordo com seu desenvolvimento, a glândula pineal permite maior ou menor capacidade das percepções extrasensoriais, variando de indivíduo para indivíduo, determinando grande variedade na manifestação mais comum das diversas mediunidades:
  • a curadora - procede à cura pela força emanada dos chakras das mãos;
  • a vidência - quando se vê alguma coisa que está acontecendo em outro lugar;
  • a telepatia - comunicação somente pelo pensamento;
  • a audiência - quando se ouve alguma informação que não está sendo transmitida neste plano;
  • a precognição ou premonição - ciência antecipada de fatos que ainda vão acontecer;
  • a retrocognição - conhecimento de fatos passados, até mesmo de outras reencarnações;
  • a psicocinésia - movimentação de corpos físicos pela emissão de ondas mentais;
  • e a psicofonia ou incorporação - manifestação de um espírito através do médium.

Dentro da idéia de energia, nosso corpo físico está equipado com sensores para distinguir fenômenos em cinco faixas de vibrações:
  • olhos, captando luz e cores;
  • ouvido, captando sons e ruídos;
  • o nariz, captando os aromas;
  • a língua, captando e distinguindo os sabores;
  • e a pele, sentindo frio ou calor, rigidez ou maciez, formas, enfim, tudo o que podemos avaliar pelo tato.
  • Todas essas sensações estão ligadas ao plano físico.

        O sexto sentido - a mediunidade - é a nossa relação com outras dimensões, fora dos nossos conceitos limitadores de tempo e espaço.
        Quando reencarna, o espírito traz geralmente sua missão, obrigando-o a desenvolver e utilizar sua mediunidade, que pode ser cármica, quando ela atua como fator de equilíbrio dos conflitos da personalidade, ou espiritual, refletindo a obra do espírito, como missionário do Sistema Crístico, colaborador da obra divina.
        Os átomos formam moléculas e estas, por ações específicas, constituem os componentes dos três reinos da Natureza, diretamente ligados à resultante das ações das forças de atração e de repulsão que agem na organização molecular. Isso gera um campo magnético que permite o contato com seres de diversas naturezas em situações geralmente muito especiais.
        Quando não há condição deste contato ser físico, o Homem aprendeu a deixar um pouco sua consciência do plano físico e penetrar num estado mais individualizado, ao qual denominamos transe, em que a força gerada por seu campo magnético - a mediunidade - pode agir mais intensamente, porque está livre das limitações da consciência. Fluindo através dos chakras e até dos poros, o fluido magnético faz a ligação entre os três grandes geradores vibracionais do Homem: seus órgãos, seus plexos e os chakras.
        Podemos chamar o sistema nervoso simpático ou autônomo de passivo e o parassimpático de ativo, para facilitar o entendimento dos dois tipos de mediunidade em nossa Corrente do Amanhecer:
  • a do Apará, o médium de incorporação, está baseada no sistema nervoso passivo, com base no plexo solar, tendo natureza passiva, orgânica e anímica, onde a vontade e a consciência pouco ou nada atuam, uma vez que o ser que se comunica entra em contato direto com seu sistema nervoso e assume parcialmente o controle mental do médium, fazendo a sua comunicação, que tanto mais perfeita será quanto menor for a parcela de consciência do médium;
  • enquanto a do Doutrinador funciona com base física, no sistema nervoso ativo, feita pelo processo cerebral, pela sensibilização do sistema endócrino, centrado na glândula pineal, com predomínio da consciência e da vontade, fazendo com que passasse a existir um transe mediúnico totalmente consciente.

        A mediunidade é um fenômeno natural que existe em todos os seres encarnados, variando apenas sua natureza e intensidade de indivíduo para indivíduo.
        O médium é o intermediário, o que faz a ligação entre o que é objetivo e o subjetivo, o que, pela intuição e ligações mais refinadas, liga um plano a outro, o que permite o intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual. Trata-se de um dom natural e comum, tendo ocorrido, na História da Humanidade, de forma ostensiva, mas sempre tratada com visão deturpada como sendo manifestação do sobrenatural, fruto de milagres ou sob aspecto supersticioso.
        Na nossa Doutrina, a mediunidade é vista como um fato natural, real e comprovável em qualquer pessoa. A base da mediunidade é uma energia sutil que se origina na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Todos os seres humanos são médiuns naturais, manipulando essa energia de forma subconsciente e controlada apenas pelos seus sentimentos e pensamentos. Todavia, há casos em que esse controle escapa à vontade do indivíduo, conduzindo-o a uma vivência negativada, marcada por doenças, desânimo, desajustes sociais e desequilíbrio emocional, ou, num outro extremo, à exacerbação religiosa.
        Muitos cuidados devem se ter com a mediunidade, destacando-se como muito importante a forma de ser conduzida e desenvolvida.
        O médium capta vibrações dos planos espirituais e manipula essas energias com seu magnético animal, produzindo poderoso fluxo energético. Dependendo de sua consciência, deve começar a aprender a usar esse poder, integrando-se a uma corrente na qual se sinta harmonizado, participando ativamente dessa corrente, seja ela positiva ou negativa, isto é, esteja ou não integrada no Sistema Crístico.
        O desenvolvimento mediúnico deve ser feito com consciência, trabalho, estudo, abnegação e amor. Nada acontece rapidamente, na Terra. O médium inquieto, apressado, precipitado, desejoso de logo transmitir as mensagens do Céu antes de chegar ao seu ponto de preparação, é candidato ao desequilíbrio e às perturbações da mente. Com boa vontade, o médium procura no Evangelho as luzes das aulas do Divino e Amado Mestre Jesus, aprendendo a servir com tolerância, humildade e amor, despertando todo seu potencial mediúnico, que lhe dará a oportunidade de resgatar erros transcendentais e corrigir suas próprias deficiências e desajustes, fazendo da sua mediunidade instrumento de sua reabilitação.
Na Doutrina do Amanhecer só levamos em consideração dois aspectos da mediunidade:
  • a de incorporação, o médium APARÁ, força vibratória, que incorpora uma entidade;
  • e a do DOUTRINADOR, força básica de sua manifestação silenciosa porém concreta, em perfeita sintonia com os planos espirituais.

        As demais formas de mediunidade - psicografia, vidência, audição e outras - podem existir, mas não são desenvolvidas, por estarem sujeitas a interferências e outros riscos desnecessários, já que lidamos com grande quantidade de médiuns e, por nossas Leis, não são usadas em nossos trabalhos.
        No início do desenvolvimento é revelada ao médium a definição da mediunidade de que é portador, e começam a lhe ser dados ensinamentos básicos - técnico, doutrinário e místico - objetivando aumentar o potencial energético do médium e diminuir a distância entre sua individualidade e sua personalidade. Apenas, para preparar corretamente o plexo de médiuns que hajam passado por outras correntes, pode ser necessário que ele permaneça algum tempo como Doutrinador e, depois de equilibrado, assuma sua verdadeira condição como médium de incorporação.
        Os médiuns desenvolvidos apreendem mais pela sua percepção mediúnica do que pelas suas qualidades psicológicas ou culturais. A assimilação da Doutrina depende das situações individuais e cada um aprende à sua maneira.
        Embora saibamos que existem inúmeras manifestações mediúnicas em crianças e adolescentes, muitas das quais se apresentam como verdadeiros fenômenos, consideramos que a mediunidade é uma força que se modifica com a idade e, na Doutrina do Amanhecer, temos o maior cuidado em conter os fenômenos que se apresentam precocemente, pois até cerca dos 18 anos o magnético animal age no desenvolvimento do plexo físico - o corpo - e o desenvolvimento ou o trabalho precoce, antes dessa idade, pode gerar deficiências físicas pelo desvio da ação do magnético animal.
        A mediunidade se renova e reativa pelo trabalho. Por isso, a constância no trabalho mediúnico é importante, pois o médium vai se fortalecendo e aprimorando, ampliando seus limites e seu poder de ligação. O médium que é inconstante, que se deixa levar pela preguiça ou pouco caso, não consegue a confiança dos Mentores e nem a dos pacientes.
        Depois de considerado apto após o Desenvolvimento, o médium do Amanhecer recebe sua consagração na Iniciação, e passa a atuar ativamente na Lei do Auxílio, caminhando para obter novas consagrações - Elevação de Espada e Centúria - que irão aumentar seu potencial e sua responsabilidade.
        O ser humano não é estático, e está alterando constantemente seu padrão vibratório, de acordo com as influências a que está sendo submetido. Isso influi em sua mediunidade, que pode ser apresentar ora de uma forma, ora de outra. O médium vai aprendendo a controlar sua força, a manter seu equilíbrio e a se harmonizar com a Corrente, em perfeita sintonia com seus Mentores, e sabendo isolar sua individualidade dos problemas da personalidade. Como um raio de luz que atravessa um copo de água, que se dilui na medida em que a água se agita, a força mediúnica flui através da mente, sendo, assim, necessário que esta esteja em calma para que possa aquela força fluir e agir mais efetivamente. O médium, com sua mente equilibrada, consegue a realização de fenômenos de cura desobsessiva, bem como sustenta a perfeita execução dos trabalhos. O conhecimento e a utilização da força mediúnica devem compreender o reconhecimento da existência do espírito para que seja autêntica e não simples exteriorização da personalidade do médium.
        Quando o médium se desenvolve apenas sob o aspecto fenomênico, alheio ao Sistema Crístico, suas qualidades ou defeitos são ressaltados, tornando-o simplesmente o intermediário entre ele e o mundo que o cerca, manipulando tão somente forças horizontais, não construtivas, e que podem tornar-se destrutivas. Torna-se o que denominamos médium psíquico, aquele que dá vazão apenas a conceitos, idéias e conselhos de sua própria personalidade ou influenciados por espíritos de camadas muito próximas da Terra - o mundo invisível - ou até mesmo intraterrestres, gerando forças somente transformistas e não criativas.
        Quando o médium desenvolve sua mediunidade dentro de um planejamento e esclarecimento doutrinários, começa a se harmonizar com sua linha cármica, apreende as emanações e anseios transcendentais de seu próprio espírito, muda suas perspectivas, sua visão de vida e seu comportamento, passando a ter convicção de seus princípios e uma visão mais abrangente do Universo que o cerca.
        Dentro da Doutrina do Amanhecer, uma Doutrina Crística, sua vida se equilibra e passa a irradiar segurança e simpatia, atraindo para si as emanações dos Planos Superiores, de seus Mentores, e passa a ser seguro instrumento de ação dos Espíritos Superiores que, através dele, processam curas e libertações, levando alívio e esperança àqueles que por ele são atendidos. Assim, deve o médium preocupar-se sempre com seu equilíbrio, evitando as crises depressivas ou se envaidecer. Não pode estar bem se estiver levando vida desregrada, sem conduta doutrinária, distanciando-se de seus compromissos. Na medida em que se afasta da sintonia com a Espiritualidade, seus Mentores se afastam dele. Se mergulhado em estados depressivos, se consome álcool ou tóxicos, sua emanação se torna negativa, venenosa, atingindo a todos que o rodeiam. Se cair no abismo da vaidade, sentir-se-á abandonado e desprezado quando for atingido e dominado pelas forças negativas dos irmãos das Trevas.
        Existem hormônios psíquicos que permitem a sintonia entre dois seres. Produzidos pela glândula pineal, a qualidade ou padrão vibratório desses agentes está diretamente dependente da conduta doutrinária do médium. Por isso, deve um médium não só se preocupar com seu desenvolvimento, com o aperfeiçoamento de sua mediunidade, mas, principalmente com a melhoria de seus atos e de seus pensamentos, buscando sua reforma íntima, livrando-se de vícios e corrigindo seus defeitos.
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