Percepção
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O campo energético da mente é limitado em torno de uma densa massa, nuclear, o “EU” ao redor da qual os mecanismos psicológicos giram como partículas atômicas, instrumentos da vida mental que têm diversas naturezas, indo do sistema sensorial até à capacidade de abstração.
Seu funcionamento é pulsativo ao redor de seu núcleo, recebendo e transmitindo impulsos de diferentes padrões vibratórios, obedecendo à sintonia em que é colocada pela vontade – a sintonia mental, e pelo que recebe através da percepção.
A percepção é a tomada do conhecimento sensorial, que identifica um estímulo originado por uma sensação. Os sentidos nos enviam impressões que a mente interpreta e analisa de acordo com a visão interna que o conhecimento alcança.
Assim, a percepção é a conscientização, através do raciocínio, de objetos, pessoas, atos e acontecimentos, que a pessoa faz a assimilação, correlação e associação em sua mente.
A percepção é feita pelo questionamento de um determinado fato, em que o captamos sob os conceitos de tempo-espaço (onde e quando), causa e efeito (porquê e para quê), qualidade e quantidade (o quê e quanto) e o caminho e agentes (como e de que modo).
Mas isso é muito dificultado por ser a percepção uma característica de cada indivíduo, sendo influenciada pela atenção, afetividade, instintos naturais, formação intelectual e intencionalidade, no plexo físico, e pela mediunidade e bagagem transcendental do espírito.
Segundo a Ciência, a porta de entrada do cérebro é o tálamo, núcleos de substância cinzenta que limitam, de cada lado, o encéfalo. Os olhos – importantes pontos de emissão e recepção – são uma espécie de extensão do encéfalo e suas únicas partes visíveis ao mundo exterior, fazendo contínua transmissão de imagens ao córtex visual, localizado na superfície do encéfalo.
Segundo o filósofo chinês Mêncio, “os olhos e os ouvidos não têm por função pensar, e estão sujeitos a serem turvados e embotados pelas coisas que os afetam. Mas pensar é função da mente, que pode também ser turvada e perturbada pela emoção, trazendo dificuldades para a livre expressão do pensamento.”
O que o Homem não percebe, é como se não existisse para ele, mas nem por isso deixa de existir para outras pessoas com maior sensibilidade de percepção.
É, pois, a percepção a faculdade de perceber, ou seja, adquirir conhecimento por meio dos sentidos e entender, compreender o mundo à sua volta com base na inteligência.
Essa função básica da percepção – adaptação do Homem ao meio-ambiente – tem as seguintes SUBFUNÇÕES:
- COGNITIVA – Informa o organismo sobre as condições ambientais, constituindo-se na apreensão do conhecimento, finalidade básica da percepção.
- MOTIVADORA – A busca incessante do Homem por percepções novas a partir de estímulos a serem melhor trabalhados.
- EXPRESSIVA – O organismo, ao mesmo tempo em que se informa sobre a realidade do seu ambiente, também recebe estímulos que transmitem informações sobre seu próprio funcionamento.
- DEFENSIVA – Como a percepção está sempre a serviço do organismo, ao receber um estímulo emocional o Homem aumenta ou diminui sua sensibilidade receptiva.
- PREDITIVA – Estímulos perceptivos, a partir de pequenos indícios da realidade, se organizam segundo suas próprias leis, a fim de proporcionar ao receptor uma visão antecipada do objeto.
Em termos experimentais, a percepção VISUAL tende a adotar uma forma condicionada pela economia fisiológica, isto é, despendendo o mínimo possível de energia. Assim, os estímulos sensoriais que possibilitam a economia fisiológica são percebidos com mais facilidade. Quando os estímulos exigem um esforço extra, isso vai determinar uma reestruturação original do campo receptivo, obtendo-se, por flexibilidade das leis da percepção, um efeito de bloqueio ou camuflagem imposto pela lei do menor esforço, o que permite essa nova organização do campo perceptivo, gerando um ATO CRIATIVO.
Segundo Max Wertheimer (“Princípios da Boa Forma”), as CONDIÇÕES GERAIS que atuam na percepção visual seguem as seguintes leis:
- PROXIMIDADE – Há uma tendência à construção de grupos estruturados, a partir de objetos situados próximos. Nessa figura tendemos a perceber um grupo de pontos, e não pontos isolados. Para a percepção de um ponto isolado, necessita-se um esforço extra do perceptor.
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000000000000000 - SEMELHANÇA – Objetos semelhantes tendem a constituir grupos ou classes mais ou menos automaticamente, perdendo-se a noção do objeto, com reforço dos conjuntos. Assim, na figura a seguir, tendemos a perceber linhas horizontais de “0” e outras de “8”, e não linhas verticais de “0” e “8”.
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8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
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8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 - CONTRASTE – Os objetos de cor escura têm propensão a se destacar em um fundo claro.
- MOVIMENTO – Os objetos em movimento tendem a se destacar em fundos estáticos.
- CLAUSURA ou FECHAMENTO – Linhas que envolvem uma área são levadas à percepção como real delimitação dessa área, pois esta é uma ideia mais fácil do que perceber cada linha ou figura isoladamente.
- CONTINUIDADE – As linhas que apresentam melhor continuidade tendem a se destacar como unidades isoladas.
- DIREÇÃO ou POSIÇÃO – As direções de linhas horizontal e vertical predominam sobre as diagonais.
Existem vários desenhos que enganam nossa percepção, pois induzem á forma mais simples da leitura das linhas, chamados “ilusões de ótica”.
Podemos ver um vaso ou duas Círculos concêntricos fazem O triângulo NÃO EXISTENTE nas bolas faces frente a frente parecer que estão na linha espiral pretas parece ser mais claro
Ratos da mesma tonalidade: o de cima, em fundo branco, parece mais escuro.
Linhas retas parecem curvadas por efeito do conjunto de linhas radiais. A cartola é quadrada embora não pareça.
Quanto á FORMA, a percepção visual é classificada em:
- GLOBAL – A percepção normal, regida pela lei do menor esforço: o todo é mais importante do que a parte.
- ANALÍTICA – Cada parte é mais importante do que o todo, sendo alvo de análise.
- EMPÍRICA – Implica numa categorização dos estímulos. Tão logo a sensação transmite os estímulos, o cérebro os distribui por categorias ou classes gerais.
- GEOMÉTRICA – Sem categorização dos estímulos, limita-se apenas às formas, sem penetrar em seu significado.
- COMUM – É somente a informação sobre a presença do objeto.
- ESTÉTICA – O estímulo que implica em mudança de atitude por parte do perceptor.
São PROPRIEDADES da percepção visual:
- 1. TOTALIDADE – Apreendem-se todos os estímulos inseridos em determinada estrutura e não de forma isolada.
- 2. ORGANIZAÇÃO – Apreendem-se sempre estruturas organizadas em figuras e fundo.
- 3. DINAMISMO ou REVERSIBILIDADE – As estruturas podem apresentar mais de um aspecto, como, por exemplo, figuras ambíguas e ilusões de ótica.
- 4. PESSOALIDADE – A problemática do perceptor é fator de influência em sua percepção.
- 5. SELETIVIDADE – É a atenção, o destaque de um aspecto do campo objeto da percepção.
Na nossa Corrente, o mais importante aspecto da percepção é dar ao médium sua conscientização e sua capacidade de filtrar as comunicações, só dizendo o que doutrinariamente lhe é permitido. Pela percepção, o médium descortina toda a extensão de um fenômeno, de uma visão ou de uma comunicação, nos seus mínimos detalhes, e não pode fazer, senão parcialmente, a transmissão desse conhecimento por causa das consequências que podem advir, principalmente conflitos.
A percepção é a faculdade de perceber, ou seja, adquirir conhecimento por meio dos sentidos e entender, compreender o mundo à sua volta com base na inteligência. Os sentidos recebem o estímulo eletromagnético que é transmitido ao cérebro para sua identificação e catalogação.
A pele, por exemplo, é uma membrana que reveste exteriormente o corpo, formando a epiderme, sendo responsável por grande parte da percepção do meio ambiente e recepção de sensações agradáveis ou desagradáveis. Tem elaborada estrutura, como pode ser visto no desenho abaixo, no revestimento de um dedo:
{Percepcao12}Conforme sua modalidade, tipo ou frequência, a Ciência moderna classifica estes estímulos:
- fótons – agem nos olhos, gerando a sensação de luz e das cores;
- fónons – gerados pelas diversas modalidades de sons, atuam nos órgãos de audição;
- osmons – gerados pelos diversos odores;
- gêusons – fornecem a sensação do paladar;
- áfenons – transmitidos pelo tato;
- térmons – a sensação do calor; e
- rígons – a sensação do frio.
Com o despertar da Parapsicologia, surgiu a sigla PES, que significa Percepção Extrasensorial, para designar a sensibilidade do ser a tipos de energia não perceptíveis pelos cinco sentidos. É designada, este tipo de sensibilidade, também como o sexto sentido, diretamente ligado à glândula pineal.
Quatro categorias definem, em Parapsicologia, os fenômenos PES:
- telepatia – recepção de qualquer tipo de conteúdo psíquico, conceitual, emocional ou corporal, de outra pessoa, sem qualquer intermédio físico ou interferência lógica, e que é diretamente proporcional, em intensidade, à afinidade entre as duas pessoas, varando barreiras físicas ou espaciais;
- visão remota – VR – a clarividência (visão de pessoas, lugares, fatos e objetos distantes), a clariaudiência (ouvir informações de fenômenos distantes) e a clarisensibilidade (captar informações através do olfato, do paladar ou do tato;
- precognição – o conhecimento antecipado de fatos futuros, próximos ou distantes, sendo o mais comum a premonição, o sentimento de que algo perigoso está para acontecer, sem fatos que permitam dedução lógica; e
- retrocognição – o conhecimento extrasensorial de fatos do passado.
Nas civilizações passadas e em muitos povos primitivos, na atualidade, ainda ocorrem casos de PES com muita clareza e naturalidade, especialmente no Xamanismo.
Na nossa Corrente, seu mais importante aspecto é dar ao médium Apará sua conscientização e sua capacidade de filtrar as comunicações, só dizendo o que doutrinariamente lhe é permitido, embora descortinando toda a extensão de um fenômeno, de uma visão ou de uma comunicação, nos seus mínimos detalhes, e sabendo que não pode fazer, senão parcialmente, a transmissão desse conhecimento por causa das consequências que podem advir, principalmente conflitos; e ao Doutrinador dá condições de avaliar, sentir, julgar e agir sob a identificação dos diversos padrões vibratórios que lhe chegam e dos fenômenos que o cercam (Energia Mental).
Há uma tendência, na atualidade, fruto da observação mais aprofundada dos fenômenos da percepção, de se abandonar a denominação de extrasensorial para um tipo de percepção de diversos tipos de vibrações, de várias origens, e que é feita através do sistema reticular. Na verdade, a Ciência moderna demonstrou que existe uma extensa variedade de vibrações que podem ser captadas pelo ser humano, além dos seus sentidos já citados, permitindo que ele perceba as condições vibracionais de outras pessoas e de outros seres vivos, bem como do próprio universo em que está inserido.
As investigações nos deram a certeza de que temos um organismo energético, desde a formação do nosso feto, e que sofremos mudanças nesta formação, provocadas por múltiplos fatores sentimentais e ambientais, que vão prejudicando nossa capacidade de percepção.
Um artista mexicano – Octavio Ocampo – tornou-se mundialmente conhecido por seus quadros compostos por vários componentes que desafiam a nossa percepção, como podemos ver pelos quadros abaixo:
Iniciadas em 1906, pelo trabalho de um neurologista inglês, Henry Head, as pesquisas levaram à existência de dois tipos de sensações somáticas, cada uma captada por receptores e fibras específicas, formando dois sistemas sensoriais:
- epcríticas – facilmente discriminadas e localizadas, cuja duração não excede a do estímulo, captadas por um sistema de neurônios conectados em série, denominado lemniscal, que confere uma correspondência ponto por ponto entre os elementos da via sensorial, que vai desde a superfície cutânea até o córtex cerebral, fazendo a percepção direta dos estímulos mais próximos, mais imediatos, ligados à sobrevivência e às suas relações com o meio ambiente; e
- propopáticas – sensações captadas por um sistema de neurônios conectados por uma rede, que mistura as informações de qualidades diferentes e de origens diversas, registrando todas as necessidades vitais do ser humano, desde a formação do feto, por perceber estímulos mais sutis, difusos e globalizadores, fazendo com que o indivíduo se situe num contexto ambiental amplo, além do representado pelo ambiente físico imediato, e que mais diretamente participa na captação de campos bioeletromagnéticos emitidos pelos seres vivos, atingindo a consciência e dando a sensação de bem ou de mal-estar, comunicando as variações dos ritmos e dos ciclos cósmicos que se refletem no biorritmo, proporcionando ações mais complexas ligadas a expressões de agrado ou desagrado, prazer ou sofrimento, ao equilíbrio humoral do organismo e à percepção de alterações telúricas e cósmicas, além da sensibilidade da natureza dos campos vibracionais de outros seres e objetos e do equilíbrio com o campo magnético do planeta.
Assim, o ser vivo possui estes dois sistemas sensoriais centralizados em sua medula espinhal. Durante a gestação, forma-se, inicialmente, o reticular, integrando o feto em seu relacionamento com a mãe e o meio familiar tanto vibracional como espiritual, condições que irão influenciá-lo por toda a existência.